Com apoio de movimentos de luta contra o racismo, a Secretaria de Gênero, Raça e Etnia do Sindsprev/RJ realizou, na tarde da última segunda-feira (18/12), um ato de desagravo à cantora Luciane Dom. A manifestação aconteceu no aeroporto Santos Dumont, onde Luciane foi vítima de racismo ao ter seus cabelos revistados minutos antes de embarcar num voo para São Paulo, no dia 14/12.
Durante o ato, os manifestantes permaneceram em silêncio, portando cartazes de protesto contra a discriminação racial. Ao todo, a manifestação foi realizada em quatro pontos diferentes do setor de embarque do aeroporto. “A atividade foi muito boa para marcar o nosso protesto contra o racismo que acontece todos os dias no nosso país. Houve reação positiva das pessoas no aeroporto. Muitos aplaudiram e agradeceram pela realização do ato”, afirmou Osvaldo Mendes, dirigente da Secretaria de Gênero, Raça e Etnia do Sindsprev/RJ.
No dia em que Luciane Dom sofreu discriminação no aeroporto Santos Dumont, a Infraero — empresa responsável pela gestão dos aeroportos brasileiros — afirmou que a cantora “foi selecionada aleatoriamente para uma inspeção manual”. A Infraero, porém, negou que os cabelos da artista tenham sido revistados.
Na ocasião, por meio de sua conta no X (e-Twitter), a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, se manifestou sobre o caso, informando que sua pasta está se mobilizando para entender e acompanhar o ocorrido.
Entre as organizações que apoiaram a manifestação estiveram presentes o Movimento Negro Unificado (MNU) e o Quilombo Raça e Classe.