Nestes dias 2 e 3 diversas categorias estarão realizando grandes mobilizações contra o projeto do governo Jair Bolsonaro de desmonte do setor público – estatais e serviços públicos, como educação, saúde e Previdência Social. Amplos setores dos profissionais de ensino farão greve de 48 horas, dias 2 e 3, e mobilizações conjuntas.
As universidades e demais instituições federais, como o Colégio Pedro II e escolas técnicas também estarão paradas.
O dia 3 irá coincidir com ações em defesa das estatais e da soberania nacional, que estão sendo organizadas em vários locais do país. Será o dia de “Luto pelo Brasil”. O setor indicou ainda, a construção de um ato pela CSP-Conlutas, no dia da abertura de seu IV Congresso – 3 de outubro – em articulação com as mobilizações nacionais. No mesmo dia, a Petrobras, ameaçada de privatização por Bolsonaro e o banquero Paulo Guedes, ministro da Economia, como outras empresas públicas, estará completando 66 anos.
Por isto mesmo, petroleiros e trabalhadores das demais estatais vão denunciar, com atos unificados em todos os estados, no dia 3, o governo Bolsonaro por colocar a soberania do Brasil em risco com a venda das empresas públicas brasileiras.
Todos serão impactados, inclusive a população. A proposta inicial foi ampliada, depois que trabalhadores de outras estatais e representantes de movimentos sociais que formam as frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo e partidos de oposição que compõem o Comitê pela Soberania decidiram realizar atos em várias cidades do Brasil, principalmente no Rio de Janeiro, onde está a sede da Petrobrás. Além do Rio e Curitiba, também serão realizados atos em São Paulo, Salvador e Belo Horizonte.
Privatizar as estatais, entregar o serviço público de saúde, educação e previdência além das riquezas naturais do Brasil só favorece os grupos privados nacionais e estrangeiros.
Com isso eles passarão a lucrar ainda mais. Principalmente os bancos que ficarão com a previdência, os bancos (como a Caixa e o Banco do Brasil). E, para isso, vão aumentar os preços e piorar a qualidade dos serviços. As empresas públicas, que existem para fortalecer e desenvolver o país, com dados sigilosos e funções estratégicas para o país, passarão para mãos de grupos privados nacionais e estrangeiros, acabando com a soberania do país.
Ato do Rio: deve ser o maior
A passeata do Rio de Janeiro tende a ser a maior manifestação do país. Dela participarão, além dos servidores da educação em greve, da saúde e previdência, trabalhadores das estatais. A manifestação tem concentração marcada para as 16 horas, em frente à sede da Eletrobras, próximo da Igreja da Candelária. De lá, seguirá pela Rio Branco, até o Edificio-Sede (Edise) da Petrobras, na Avenida Chile, em frente ao BNDES.
Além dos trabalhadores e dirigentes das entidades sindicais, são esperadas participações de representantes de diversos partidos e lideranças de movimentos como Fernando Haddad (PT), Jandira Feghali (PCdoB), Brizola Neto (PCdoB), Marcelo Freixo (PSOL), Glauber Braga (PSOL), Lindbergh Faria (PT), Benedita da Silva (PT), João Pedro Stédile (MST), Enfermeira Rejane (PCdoB), Waldeck Carneiro (PT) e Reimont (PT), além de representantes do movimento sindical e estudantil.
Calendário
2 e 3/10 – Greve Nacional da Educação de 48h;
3/10 – Dia em defesa da Soberania Nacional, com atos nos estados. No Rio, passeata da Candelária à Petrobras. Concentração a partir das 16 horas.