Uma tentativa de golpe está em curso no Brasil. Tentativa infame que começou a ser articulada já no último domingo (30/10), durante a votação no segundo turno que consagrou Lula (PT) para um terceiro mandato de presidente do Brasil. O golpe foi facilitado pela postura inaceitável da Polícia Rodoviária Federal (PRF), uma força de inclinação sabidamente bolsonarista que, durante todo o último domingo, promoveu blitzes com a finalidade de impedir que o maior número possível de eleitores de Lula chegasse a suas respectivas seções eleitorais para votar no candidato da oposição.
Na segunda-feira (31/10), a iniciativa golpista realmente tomou forma com o início das mobilizações de caminhoneiros bolsonaristas que, até o presente momento, já interditaram 271 pontos de rodovias federais por todo o país.
O que os caminhoneiros reivindicam, no entanto, não é nenhum benefício econômico — como o aumento dos valores de fretes ou a redução nos preços dos combustíveis. Nada disso. Dizendo não aceitar o resultado das urnas que derrotaram Bolsonaro, o que os caminhoneiros pedem é uma intervenção militar, um golpe fascista para impedir a posse de Lula, o presidente legitimamente eleito no último domingo pela maioria dos brasileiros.
O silêncio de Bolsonaro, que até o momento ainda não reconheceu o resultado das urnas e a vitória de Lula, sugere que ele (Bolsonaro) está sendo, no mínimo, omisso em relação às mobilizações golpistas dos caminhoneiros.
O Sindsprev/RJ faz um alerta urgente a todas as forças progressistas dos movimentos sindical, popular e comunitário no sentido de se mobilizarem para denunciar a tentativa de golpe em curso e, se preciso, ocupar as ruas para defender e garantir a posse e o mandato de Luiz Inácio Lula da Silva.
É preciso desde já rechaçar as tentativas golpistas da extrema direita fascista e dos reacionários. A vontade da maioria dos brasileiros tem que prevalecer. E essa vontade é de que Lula exerça a presidência nos próximos 4 anos.
Diretoria Colegiada do Sindsprev/RJ