Um documento sem timbre, carimbo ou assinatura está sendo divulgado no Hospital Eduardo Rabello. Fixado nos quadros de aviso, nega a denúncia feita pelo Sindsprev/RJ, no último dia 2, de que o descaso e o descumprimento de normas básicas de prevenção transformaram a unidade em foco de covid-19. No pé do ofício vem escrito “Presidente do Iaserj”, porém, sem a assinatura do titular do cargo, Alexandre Maurity de Paula Afonso.
O Sindsprev/RJ enviou, na mesma data da publicação, pedido de negociação de emergência ao secretário estadual de saúde, Carlos Alberto Chaves de Carvalho. O objetivo é tratar do assunto e solucionar a situação imediatamente. Até a postagem deste texto, neste dia 8 de dezembro, ainda não havia resposta.
Documento acaba confirmando denúncia
Apesar de negar que o Eduardo Rabello se transformou num foco de covid-19, o documento apócrifo cita estatísticas que acabam reforçando a denúncia. Afirma que, em novembro, morreram da doença, três servidores do hospital, 18 foram afastados com síndrome gripal (sintomas da covid-19), sendo 12 casos positivos.
Na matéria, a diretora do Sindsprev/RJ, Clara Fonseca, afirma serem oito afastados e em casa, de quarentena, após testarem positivo em outros locais; três servidores internados com saturação baixa e dificuldade para respirar; e quatro mortos: duas enfermeiras e dois técnicos de enfermagem.
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Autor fantasma
“O documento com autor fantasma não expressa a grave realidade que encontramos no Eduardo Rabello ao afirmar que todas as medidas de prevenção são seguidas. Repetimos: 1) a unidade não tem equipamento de proteção individual (EPI), como máscaras N-95, mas apenas máscara cirúrgica, que não é própria para unidades de saúde; 2) pacientes com covid-19 estão sendo recebidos e internados sem passar pelo Sisreg, um risco enorme tanto para os pacientes tradicionais do hospital, todos idosos, portanto, do grupo de risco, já que é um hospital geriátrico, quanto para os servidores; e, 3) o hospital tem se negado, ainda, a testar os profissionais com sintomas da doença e a prestar-lhes assistência, tendo eles que procurar, por conta própria, clínicas da família, postos de saúde ou o Hospital Rocha Faria”, afirmou Clara.
A dirigente acrescentou que os profissionais que se encontram afastados são abandonados e obrigados a procurar médicos de fora para conseguir comprovante de licença-médica e tratamento, ao contrário do que afirma o documento apócrifo de que testa e acompanha a todos. Segundo a dirigente, a entrada de pacientes com covid ou fortes sintomas, vindos de outras cidades, acontece por indicação, sem passar pelo Sisreg, sobretudo porque a unidade tem leitos disponíveis em sua Unidade de Tratamento Intensivo.
Consultórios separados por cortinas
Outra situação alarmante que só reforça a denúncia feita pelo Sindicato é o foco de disseminação, não só da covid-19, mas de todo o tipo de doença, em que se transformou o ambulatório. “Por causa da obra que se arrasta há mais de um ano, e que não tem placa com o nome da empresa ou do engenheiro responsável, o setor passou a funcionar de forma improvisada na Fisioterapia, sem os cuidados sanitários básicos, transformando-se num foco de contaminação. Os consultórios das diversas especialidades são separados não por paredes, mas por cortinas de pano, logo, além da falta de privacidade, expõe pacientes e profissionais de saúde a todo o tipo de doença”, denunciou Clara.
Reiterou que estes profissionais recebem apenas máscaras de procedimento e atendem pacientes de outras cidades, muitos deles com sintomas de covid-19. Acrescentou que os que usam máscaras N-95 as trazem de casa. Frisa que a situação dos consultórios do ambulatório expõe todos os que passam por ali a um risco de contaminação muito grande. “Os atendimentos no ambulatório improvisado aumentaram os casos de covid”, denunciou.
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Hospital passa a fazer testes
A denúncia do Sindsprev/REJ já teve um resultado positivo: o Hospital Eduardo Rabello começou, dois dias após a publicação da matéria, a submeter a testes de covid-19 servidores com sintomas da doença, como síndrome gripal. Segundo a dirigente, a unidade tinha kits do teste. Estavam estocados, sem serem utilizados nos servidores, mas somente em pacientes. A recusa em testar os funcionários era mais um fator a fazer da unidade um foco de covid.
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