O Conselho Gestor do Hospital Orêncio de Freitas está convocando um grande ato em defesa da unidade. Será na próxima terça-feira (21/12), às 9 horas, em frente ao hospital. O Conselho Gestor é formado por profissionais, usuários e membros da diretoria do Orêncio.
O Sindsprev/RJ apoia a manifestação e seus dirigentes participarão e darão sustentação ao ato. “Estamos apoiando a manifestação que faz parte da luta em defesa do Orêncio e, como consequência, em defesa do Sistema Único de Saúde (SUS) público, universal e de qualidade”, afirmou o diretor do Sindicato, Sebastião de Souza.
Mobilização aumenta
Numa primeira manifestação, organizada pelo Sindsprev/RJ e aprovada em assembleia, profissionais de saúde, pacientes, familiares, parlamentares e associações de moradores do bairro do Barreto, saíram em passeata para protestar contra a desativação da unidade. Faixas, cartazes e discursos no carro de som, denunciavam à população, a intenção do prefeito.
O fechamento foi comunicado pela Prefeitura em 16 de novembro pelo vice-presidente da Atenção Básica da Fundação Municipal de Saúde, Ramon Sanches à diretora do hospital Celia Maria Gouveia de Freitas. Ramon é pessoa da confiança e subordinado ao secretário de Saúde Rodrigo Alves Torres. Ao responder a ofício sobre o assunto enviado pelo Sindsprev/RJ, o secretário de saúde, Rodrigo Torres, desmentiu Ramon.
Na conversa, Ramon adiantou que os equipamentos recém-chegados ao Orêncio, comprados através de recursos de emendas da deputada Talíria Petrone (PSOL-RJ), seriam transferidos para o Hospital Oceânico, privado, alugado por R$ 4,8 milhões pela Prefeitura, e administrado pela empresa Viva Rio, que se denomina ‘organização social’.
O contrato com o Oceânico e a Viva Rio foi assinado para atender a pacientes de covid-19 e vigorar durante um ano vencendo agora em novembro último, mas Grael decidiu prorrogá-lo para atender inicialmente a cirurgias de mama, ampliando sua capacidade com os equipamentos que chegariam do Orêncio. Os R$ 58,6 milhões inicialmente previstos para pagar à OS pela gestão do hospital de Piratininga chegaram a R$ 84,3 milhões no ano passado.
Em 2021, essa despesa está prevista em mais de R$ 100 milhões, fora o aluguel do imóvel. Já o Orêncio de Freitas, que faz em média 250 cirurgias a cada trinta dias, recebeu nos últimos três meses da Secretaria de Saúde apenas a verba mensal de R$ 19 mil reais para compra de medicamentos, material médico e manutenção predial.