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terça-feira, abril 1, 2025
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Cresce o trabalho dos agentes e guardas de endemias no combate à dengue

“É de grande importância o trabalho realizado pela Vigilância em Saúde no Rio de Janeiro. Os agentes e guardas de endemias, profissionais que atuam no controle da dengue, realizam visitas nos municípios fluminenses, fazendo inspeções em logradouros, terrenos baldios, ferros-velhos, borracharias, em empresas particulares e públicas. Este trabalho deve contar com o apoio de toda a população”. A afirmação foi feita por Marcos Rogerio, diretor do Departamento de Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora do Sindsprev/RJ, ao comentar o aumento dos casos de dengue no Brasil.

O site “Opinião em Foco” informa que entre janeiro e março deste ano, o país notificou 502.317 casos suspeitos da doença. Nesse intervalo, 235 mortes foram confirmadas, enquanto 491 óbitos ainda estão sendo investigados. Atualmente, o índice de incidência no país é de 236,3 casos de dengue para cada 100 mil pessoas.

O levantamento foi feito pelo Painel de Monitoramento das Arboviroses, gerido pelo Ministério da Saúde. Segundo os dados da plataforma, 55% dos casos suspeitos de dengue notificados neste ano ocorreram em mulheres, enquanto 45% em homens. As idades que apresentam o maior número de casos são entre 20 e 29 anos, 30 e 39 anos, e 40 a 49 anos.

Maioria dos focos nas residências – Segundo Marcos Rogério, 85% dos focos são localizados nas residências. “Por isso a importância das visitas informando dos riscos dos focos. Há casos de moradores que se recusam em autorizar a visitação, podendo agravar a ampliação do número de focos e da proliferação da doença. Por isto é importante os moradores autorizarem a entrada dos agentes e guardas de endemias”, aconselhou.

O dirigente acrescentou que os agentes complementam o seu trabalho com ações educativas, informando à população o cuidado com o ambiente do lar e do seu entorno. “Levar esta orientação é tão importante quanto realizar a inspeção e o combate propriamente ditos”, observou.

Trabalho dobrado – Marcos Rogério adiantou que com a situação atual, já vivida em outros tempos, de forma até mais grave, o volume de trabalho dos profissionais de combate às endemias, se eleva. Disse que por conta dessa evolução dos casos de dengue existe um crescimento significativo no número de visitas aos domicílios. Mas observou que o estado do Rio de Janeiro está com casos de dengue controlados.

“Nossa curva está descendente, diferente de São Paulo que, em fevereiro, decretou emergência sanitária, considerando a dengue como epidemia”, disse. Lembrou, ainda, que o mosquito aedes aegypti não só transmite o vírus da dengue, mas também o da febre chikungunya e o zica vírus.

Acrescentou que os casos de dengue podem se tornar mais graves em pessoas que nunca tiveram a doença, como as crianças, segmento mais sujeito a evoluir para um quadro mais grave. Outro grupo de risco é das pessoas que já têm doenças preexistentes.

Entenda melhor – Segundo o “Opinião em Foco”, São Paulo ocupa a primeira posição entre os estados, registrando 291.423 casos suspeitos. Logo após estão Minas Gerais (57.348), Paraná (31.786) e Goiás (27.081). Quando se analisa o coeficiente de incidência, o Acre destaca-se com 760,9 casos a cada 100 mil pessoas, seguido por São Paulo (633,9), Mato Grosso (470,2) e Goiás (368,4).

O Rio de Janeiro registrou queda de 92% nos casos de dengue nos dois primeiros meses de 2025, em comparação com o mesmo período de 2024. O estudo mostra que, nos primeiros meses de 2025, foram registrados 10.400 casos prováveis de dengue no Rio de Janeiro, contra mais de 130 mil no mesmo período de 2024.

Embora os números mostrem o contrário, a incidência de dengue no Brasil apresentou uma redução de 68,6% nos dois primeiros meses de 2025 em relação ao mesmo intervalo de 2024.

No ano de 2024, que marcou a epidemia de dengue mais intensa já registrada no Brasil, foram relatados 1,6 milhão de casos suspeitos, com 1.356 óbitos confirmados e outros 85 em análise. Assim, além de uma diminuição na quantidade de casos, o total de mortes confirmadas apresentou uma queda de 82% em comparação ao ano anterior.

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