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quinta-feira, setembro 19, 2024
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Comando de Greve do INSS do Rio faz reunião nesta quarta, em meio a ataque autoritário de Stefanutto

Avaliação da greve nacional do INSS, dos ataques do governo Lula aos servidores, e definição dos próximos passos da luta por avanços nas negociações. Estes são os principais pontos a serem discutidos na reunião virtual do Comando de Greve dos Servidores do INSS do Rio de Janeiro, nesta quarta-feira (4/9), a partir das 18 horas.

Para participar basta clicar aqui.

Outro ponto importante é a chantagem do governo Lula, através do presidente do INSS, o procurador Alessandro Stefanutto, que nesta terça-feira (3/9), decretou através de ofício, o fim da greve dos servidores do INSS. No documento, enviado aos gestores, disse que a greve acabou a partir do momento em que a CNTSS assinou acordo com o governo Lula, e que, então, os dias de greve deveriam ser considerados como ‘faltas não justificadas’ e descontados.

Fora Stefanutto! – O procurador Stefanutto se esqueceu de dizer que o acordo foi assinado por uma entidade ligada ao governo Lula, sem qualquer consulta a assembleias de base, sendo um artifício para criar confusão e tentar esvaziar a greve. Também não disse que o tal ‘acordo’ não tem valor legal justamente por não ter sido aprovado pelos servidores de base. Pelo contrário, foi assinado pelo governo uma semana após ter sido rejeitado pela Plenária Nacional dos Servidores do INSS, convocada pelo Comando Nacional de Greve, ou seja, o governo sabia se tratar de um acordo espúrio, antidemocrático e ilegal, já que só poderia ser assinado caso fosse aprovado pelas assembleias de base, como acontece em qualquer categoria.

Outra entidade que topou participar da armação do governo Lula e assinou o acordo, foi obrigado a voltar atrás. A Condsef, apesar de ser filiada à CUT, como a CNTSS, realizou assembleias, somente após a assinatura, sendo o acordo rejeitados em todos os estados.

Nas redes sociais, a investida do procurador Stefanutto causou enorme revolta, fazendo crescer ainda mais a insatisfação com o gestor. Muitos servidores passaram a defender a saída do atual presidente, afirmando se tratar de uma postura persecutória e antidemocrática ‘típica de um feitor de escravos’.

Autoritário e ilegal – O diretor do Sindsprev/RJ e membro do Comando Estadual de Greve, Paulo Américo, disse que a atitude do procurador Stefanutto lembra os momentos sombrios da ditadura militar. “É vergonhoso e covarde o que fez este indivíduo, que é presidente do INSS, que diz defender o diálogo, mas divulga documento que nos lembra atitudes vistas durante a ditadura militar, autoritária e ilegal. Inclusive porque tem uma audiência de conciliação marcada (pelo Superior Tribunal de Justiça) para 20 de setembro e mesmo assim ele investe contra a greve que é um direito constitucionalmente garantido. Nos causa asco esta atitude”, afirmou o dirigente.

Acrescentou que a atitude autoritária e ilegal causa um enorme sentimento de repulsa, ainda mais partindo de um gestor que sabe que a greve tem reivindicações extremamente justas, como a defesa da Previdência Social pública e a careira do seguro social. “Alguém que se diz preocupado com os servidores não age desta forma. Ele deveria agir de forma contrária e trabalhar para consolidar um acordo, que estava sendo costurado, agindo de forma honesta e respeitosa, e não desta maneira autoritária e vergonhosa. Não há outra palavra para classificar o que fez o presidente do INSS: é nojento”, desabafou.

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