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sábado, novembro 23, 2024
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Covid: com maior número de mortos em 24h, Brasil caminha para colapso sanitário

Nesta terça-feira (2/3), dia em que o Brasil registrou 1.

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726 mortes provocadas pela covid em 24h — maior índice desde o início da pandemia, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) divulgou nota técnica na qual aponta que 19 capitais brasileiras já têm taxas de ocupação de leitos de UTI acima de 80%. No boletim anterior, eram 12 capitais

Na prática, isto significa que será cada vez maior o risco de óbito para os doentes graves de covid que busquem atendimento emergencial nessas capitais.

No Rio de Janeiro, por exemplo, a taxa de ocupação de leitos de UTI já está em 88%, com tendência de alta. Em capitais como Florianópolis (SC) e Porto Velho (RO), onde as taxas de ocupação são, respectivamente, de 98% e 100%, já não há mais vagas. Para autoridades e especialistas em saúde, a situação das capitais conforma um cenário sombrio para o Brasil nos próximos meses. Eles destacam que, ao contrário da primeira onda de covid, esta segunda onda da pandemia está ocorrendo ao mesmo tempo na maioria dos estados brasileiros, fato agravado pela presença de novas (e mais agressivas) variantes do coronavírus.

Em nota publicada na segunda-feira (1/3), o Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) defendeu um endurecimento de medidas de restrição e distanciamento social, com a adoção imediata de toque de recolher nacional, das 20h às 6h, incluindo finais de semana. A preocupação dos secretários é que, com a saturação da rede pública de saúde, também aumente o número de mortes de milhares de pacientes de outras comorbidades (como câncer, hipertensão e doenças renais, entre outras) que não encontrarão leitos disponíveis para atendimento.

Pesquisadora da Fiocruz, a professora e médica pneumologista Margareth Dalcolmo declarou à revista Carta Capital que “teremos o mês de março mais triste de nossas vidas”. À revista ela disse: “Isso é resultado do Carnaval e do descompasso entre o que nós, cientistas, dizemos e o que as autoridades afirmam. Nos últimos dias, ouvimos que não é pra usar máscaras. Não há dúvidas, está demonstrado que a máscara é uma barreira mecânica que protege quem usa e todo mundo ao redor”, frisou.

A pesquisadora referiu-se, indiretamente, ao comportamento de Bolsonaro, que recentemente questionou o uso de máscaras como forma de prevenir a disseminação da covid. Uma declaração absolutamente irresponsável e feita sem nenhum amparo científico.

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Uma declaração de quem, como Bolsonaro, não tem nenhum compromisso com a vida humana ou com a saúde da população.

Desde o início da pandemia, há um ano, a covid matou 257.

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562 brasileiros, mantendo o Brasil na vergonhosa posição de segundo país do mundo em número de óbitos provocados pela doença.

O total de 1.726 mortes registradas nas últimas 24 horas significou uma variação de 23% a mais de óbitos em comparação com a média de 14 dias atrás.

Enquanto isso, a vacinação continua se arrastando a passo de tartaruga em todo o Brasil. Até o momento, apenas 3% dos brasileiros foram imunizados e a vacinação já foi interrompida em várias capitais, por falta de planejamento e coordenação do Ministério da Saúde, que foi transformado no Ministério da Doença.

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