Na sexta-feira (7 de agosto), os trabalhadores brasileiros vão manifestar seu protesto contra as quase 100 mil mortes provocadas pela covid-19 em todo o país. Também vão reafirmar a luta em defesa da vida, do emprego, contra a retirada de direitos e pelo Fora Bolsonaro/Mourão.
Convocado pelas centrais sindicais, o Dia Nacional de Luto e de Luta será marcado por assembleias, mobilizações, paralisações e atos simbólicos em várias categorias de trabalhadores da iniciativa privada (como petroleiros, bancários, metalúrgicos, correios) e do serviço público.
A mais recente ofensiva do governo Bolsonaro contra os trabalhadores foi um decreto, publicado em junho, que cria ainda mais dificuldades para a concessão da aposentadoria e demais direitos previdenciários, no âmbito do INSS.
Destruição dos serviços públicos em níveis sem precedentes — com desmonte da saúde, da assistência e da previdência social —, demissões em massa, cortes de direitos, aumento da miserabilidade, ataques ao movimento sindical, ao movimento negro e aos movimentos LGBT, desmatamento em prol de grileiros, especuladores e latifundiários é o que caracteriza a prática do atual governo. Um dos maiores retrocessos da recente história brasileira.
Os trabalhadores brasileiros têm, portanto, motivos de sobra para se incorporem às atividades do Dia Nacional de Luto e de Luta.
A mobilização é o único meio que a classe trabalhadora tem de reverter estes e outros ataques movidos pelo governo Bolsonaro.
Recentemente, os metroviários de São Paulo deram o exemplo, com uma mobilização e ameaça de greve que forçou o governo daquele estado a manter o pagamento do adicional-noturno em 50% e a hora-extra em 100%, além de reabrir a discussão sobre as condições de trabalho. Mobilizações semelhantes estão fazendo os servidores do judiciário de São Paulo, os profissionais da educação do Rio e os metalúrgicos da Renault, que lutam contra mais de 700 demissões feitas pela montadora no Paraná.