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domingo, novembro 24, 2024
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Caos no Hospital Cardoso Fontes confirma que governo Lula amplia a crise de abastecimento na rede federal

O Sindsprev/RJ e o Comando de Greve da Saúde Federal constataram em inspeção feita nesta terça-feira (20/8), no Hospital Cardoso Fontes, em Jacarepaguá, os efeitos perversos do corte de verba pública sobre o funcionamento da unidade. “O Hospital Cardoso Fontes passa por uma grave crise forjada de desabastecimento que nos deixa sem condições de trabalhar e atender os pacientes, podendo ensejar na decretação do impedimento ético dos profissionais de saúde da unidade, já que a situação é de risco para os pacientes”, afirmou a diretora do Sindsprev/RJ, Christiane Gerardo, logo após a inspeção.

Disse que nesta terça-feira havia 93 pacientes internados, mas apenas 60 lençóis, além de falta de luvas de procedimento. “Recebi o relato de apenas uma luva cirúrgica, e não de procedimento, no CTI para um total de 18 pacientes. Vivemos uma realidade em que a cesta básica de produtos hospitalares, que é justamente seringa, luva e lençol. Isto mostra que vivemos uma grave crise de desabastecimento dentro deste hospital”, alertou.

Segundo a dirigente esta situação dramática está sendo propositalmente causada pela gestão de Teresa Navarro, coordenadora do Departamento de Gestão Hospitalar (DGH), ex-subsecetária de saúde do município do Rio, que já começou a implementar o corte de verba numa unidade de excelência no atendimento à população. O DGH é diretamente subordinado ao Ministério da Saúde do governo Lula, seguindo a política determinada por Brasília.

“É essa a realidade que vivenciamos nas unidades da rede já municipalizadas de péssimas condições de trabalho e atendimento precário. Essa nunca foi a realidade do Cardoso Fontes. Nem durante o governo Bolsonaro passamos o que estamos passando agora. É urgente que as instituições fiscalizadoras atuem: Defensoria Pública da União, Ministério Público Federal e os conselhos regimentais das categorias, como o Coren/RJ e o Cremerj, para que possamos averiguar em detalhes por que o Cardoso Fontes está nesta situação caótica de abandono”, defendeu.

Greve contra o fatiamento – O corte de verbas vem acontecendo em toda a rede federal, desde o início do governo Lula. O comportamento parece ter como finalidade fazer cair ainda mais a qualidade das condições de trabalho e atendimento, para justificar a passagem das unidades, separadamente, para vários gestores: além da Prefeitura, para e Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), para a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e para o Grupo Hospitalar Nossa Senhora da Conceição, do Rio Grande do Sul.

A terceirização das unidades, seria o primeiro passo para a privatização posterior. O Cardoso Fontes, juntamente com o Hospital do Andaraí, ficaria nas mãos do prefeito Eduardo Paes, que entregou toda a rede própria do município para grupos privados presentes nas chamadas organizações sociais. Navarro e o secretário de saúde Daniel Soranz foram os condutores desta privatização.

Não por acaso, Navarro foi nomeada pela ministra da Saúde, Nísia Trindade, para o cargo de coordenadora do DGH. O objetivo foi o de repetir com a rede federal o mesmo que a gestora fez com a rede municipal que hoje enfrenta uma situação de caos total no atendimento à população.

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