Ao lado da Associação dos Servidores da Saúde de Niterói, Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco), Centro Brasileiro de Estudos da Saúde (Cebes), Associação Brasileira Rede Unida, Conselho Regional de Assistentes Sociais do Rio de Janeiro (Cress-RJ), Frente Nacional Contra a Privatização da Saúde, Sindicato dos Trabalhadores da Fundação Oswaldo Cruz (Asfoc-SN) e Sindicato dos Médicos do Rio (Sinmed-RJ), entre inúmeras outras entidades e conselhos profissionais de todo o país, o Sindsprev/RJ está participando da campanha ‘Leitos para Todos’.
Lançada com a finalidade de pressionar governos das três esferas (federal, estaduais e municipais) por mais investimentos em saúde pública e efetiva coordenação no enfrentamento da pandemia da Covid-19 e outras enfermidades, a campanha produziu um manifesto que está circulando em todas as redes sociais.
No texto do documento, as entidades signatárias, incluindo o Sindsprev/RJ, alertam para a possibilidade de o crescimento exponencial de casos da covid-19 sobrecarregar de tal modo a rede pública de saúde a ponto de inviabilizar o pleno atendimento dos pacientes adoecidos pelo coronavírus. Um dos alertas é quanto à dificuldade de implantação das medidas de isolamento em áreas urbanas periféricas com condições precárias de moradia, saneamento, renda e trabalho.
O manifesto lembra ainda que ‘os primeiros estudos que estimaram a demanda indicam que em 53% das regiões de saúde será necessário dobrar a capacidade instalada de leitos de Unidades de Terapia Intensiva (UTI), e que para isso seriam necessários 18,6 bilhões de reais’.
Outra projeção estima um déficit de 24.
500 leitos de UTI e o esgotamento destes leitos por volta do início do mês de maio.
As entidades propõem, entre outras medidas, a utilização, controle e gerenciamento pelo poder público de toda a capacidade hospitalar existente no país de forma emergencial, especialmente leitos de internação e UTI de hospitais privados e planos de saúde, para o tratamento universal e igualitário dos casos graves da covid-19. Além disso, reivindica a criação de uma fila única de casos graves da covid-19 que demandem internação e terapia intensiva, atualizada permanentemente e regulada pelo SUS nos moldes da experiência das filas de transplantes, constituída única e exclusivamente a partir de critérios de gravidade do quadro clínico, e não pela capacidade de pagamento individual.
Em recente entrevista coletiva, o ministro da saúde, Luiz Henrique Mandetta, admitiu que um dos maiores desafios no combate à pandemia da covid-19 é a efetiva coordenação entre os entes federados.
A íntegra do manifesto poder ser lida clicando-se aqui.
Trabalhadores e Trabalhadoras Protegidos Salvam Vidas
A Internacional de Serviços Públicos (ISP) lançou mundialmente a campanha “Trabalhadores e Trabalhadoras Protegidos Salvam Vidas”. No Brasil, diversas entidades da saúde participam. O objetivo é enfrentar os impactos da pandemia de coronavírus na vida e na saúde de milhões de trabalhadoras e trabalhadores que atuam nos serviços essenciais como saúde, assistência social, educação, segurança pública, sistema prisional, judiciário, limpeza pública, asseio e conservação, entre outros.
Segundo a organização, ‘essas categorias trabalham para sustentar as medidas de isolamento social e de cuidados de saúde à população, visando assim superar a pandemia da covid-19’. O objetivo é coletar informações para embasar pautas destinadas aos gestores públicos e empregadores privados, requerendo condições de trabalho que protejam os trabalhadores.
A Internacional de Serviços Públicos é uma federação sindical mundial que representa 20 milhões de trabalhadoras e trabalhadores de serviços públicos essenciais em 163 países.
