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sábado, novembro 23, 2024
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Aumenta crise do governo: até bancos e Fiesp se afastam de Bolsonaro

Os bancos e a Federação das Indústrias de São Paulo, a Fiesp, apoiaram o golpe de 2016 que derrubou Dilma Roussef; a operação Lava Jato, que impediu a candidatura de Luiz Inácio Lula da Silva, em 2018; e a eleição de Jair Bolsonaro, ditando ao seu governo, através do banqueiro Paulo Guedes, a política econômica de extinção de direitos dos trabalhadores, de corte de verbas do setor público e de reformas para garantir mais lucro aos grandes grupos econômicos. Mesmo assim, neste final de agosto, a Federação Brasileira dos Bancos (Febraban) e a Fiesp anunciaram o lançamento de um manifesto em que criticam Bolsonaro e ‘defendem a democracia’ e a ‘estabilidade política e econômica’.

A decisão soa cínica, já que o atual governo fez tudo o que queriam os bancos e a indústria, garantindo a eles todos os ataques possíveis aos direitos da população – inclusive manter a economia funcionando durante a pandemia – para engordar ainda mais seus lucros astronômicos. Assim, parece estranho que, agora, os criadores deem uma pernada na criatura, um governo que os favoreceu como um Robin Hood às avessas, tirando direitos dos trabalhadores, através das reformas da Previdência, trabalhista, do aprofundamento do corte de verbas públicas, garantindo o pagamento diário de quase R$ 2 bilhões aos bancos no overnight e a alta dos lucros e das ações das grandes empresas na Bolsa.

O anúncio da divulgação do manifesto causou ainda mais instabilidade política, aumentando a crise do governo, que está atolado na lama de múltiplos escândalos de corrupção, acusado de genocídio pela CPI da Pandemia, cujo relatório poderá embasar a abertura de um processo de impeachment. Bolsonaro e Guedes contra-atacaram, mandando o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal se retirarem da Febraban.
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O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), conversou com Paulo Skaf, da Fiesp, grande amigo e apoiador de Bolsonaro, agora, transmutado em articulador do manifesto, pedindo o adiamento da divulgação do documento para depois do dia 7 de setembro, data de manifestações pró-Bolsonaro, e também contra ele, em todo o país. Conseguiu.

Os bancos e as grandes empresas estão lucrando muito com Bolsonaro. Mas a instabilidade política e econômica que ele causa impede esses setores, que são os barões da economia, de lucrarem ainda mais. A perda de credibilidade internacional do Brasil gerada pelo governo começa a afetar os negócios do sistema financeiro, da grande indústria e dos gigantes varejistas que atuam no país. Como lembra o cientista político e historiador Lincoln Penna, a classe dominante tem seus preceitos e, com um presidente que governa contra as expectativas de uma ainda maior ampliação dos negócios do mercado, o caminho é o afastamento de sua base de apoio.

Acrescenta que há muito tempo um ‘racha’ na banca não acontece. O cientista político comenta que o manifesto deve acenar para uma ameaça de ruptura.
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“Com isso o ambiente político vai ficar mais tenso, quando setembro vier”, avalia. Para Lincoln Penna, apesar de administrar o país da forma como querem bancos e grandes empresas, o governo Bolsonaro gera uma impresivibilidade que não favorece o sistema que regula o capital.
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A movimentação teria a ver, ainda, com as eleições. Bolsonaro perde também apoio interno, como demonstram todas as pesquisas de opinião, com aumento da rejeição a ele e ao seu governo. O candidato da oposição mais cotado, Lula, lidera as pesquisas. Analistas do mercado avaliam que os grandes grupos econômicos estão em busca de uma terceira via, alguém que faça o jogo com menos alarde e confusões, sem chamar tanta atenção e que não crie caso com parceiros econômicos importantes do Brasil. “Na estimativa destes setores, o momento de fazer isto é agora”, analisam. O cálculo, avaliam, é sempre estar lá, tomando conta, e determinando a política econômica.

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