Mais uma vez o prefeito de Niterói, Axel Grael, não cumpriu o compromisso empenhado e deixou de pagar no último dia 2 de setembro, os salários atrasados de julho e agosto aos profissionais de saúde dos contratos da covid que passaram à condição de RPAs na rede pública de saúde da cidade. O pagamento dos atrasados pela Prefeitura foi comunicado pela subsecretária Terezinha Freitas, em 26 de agosto, em reunião com o Sindsprev/RJ e representantes dos RPAS.
“Este é um comportamento estranho para alguém que pertence a um partido dito de esquerda, o PDT, e que descumpre a palavra empenhada, atrasa salários, desrespeita os trabalhadores, faz contratações precarizadas e não recebe o movimento sindical para negociar”, criticou Maria Ivone Suppo, diretora do Sindsprev/RJ.
Grito dos Excluídos
O Sindicato já enviou diversos ofícios solicitando o agendamento de audiência para cobrar do prefeito tanto o pagamento dos atrasados, quanto do FGTS dos que tiveram seus contratos covid rescindidos, bem como a implantação da tabela salarial da saúde, além do fim do sucateamento e privatização do setor e a realização de concurso público.
Maria Ivone ressaltou que é crítica a situação dos profissionais RPAs ex-contratos covid que, há mais de dois meses sem receber, não têm dinheiro sequer para chegar ao trabalho. “O prefeito Axel Grael está jogando com a vida das pessoas que estão sem tem como pagar suas contas e comprar comida”, disse.
Convocou todos os RPAs e servidores estatutário de Niterói a participar do ato do Grito dos Excluídos, nesta quarta-feira (7/9), a partir das 9 horas, na Praça da República.
“O ato será também para protestar contra a decisão do ministro Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF) que suspendeu o pagamento do piso salarial da enfermagem, a pedido dos patrões do setor privado.
O prefeito de Niterói, Axel Grael, o governador do estado, Cláudio Castro, e o presidente Jair Bolsonaro vêm impondo a mesma política de desmonte e privatização do setor público, com ataques aos direitos dos servidores, arrocho salarial e formas precarizadas de contratação.
Por isto mesmo, serão o principal alvo do protesto do Grito dos Excluídos de Niterói deste ano, em 7 de setembro.