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terça-feira, abril 1, 2025
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Audiência Pública discutirá falta de preservação da Reserva Biológica do Tinguá

No próximo dia 29, a partir das 10h, será realizada uma Audiência Pública sobre a Reserva Biológica do Tinguá, no Auditório da UFRJ Campus Santa Cruz da Serra, na Rodovia Washington Luiz, em Duque de Caxias. A Rebio Tinguá é a maior reserva biológica do estado do Rio de Janeiro e a terceira maior da região sudeste do Brasil, com 26.260 hectares. A área fica localizada em quatro municípios: Nova Iguaçu e Duque de Caxias, na Baixada Fluminense; Petrópolis e Miguel Pereira, na região Serrana. A Reserva Biológica do Tinguá (Rebio Tinguá) é uma unidade de conservação do estado do Rio de Janeiro que protege a Mata Atlântica e os recursos hídricos.

A audiência, promovida pelo deputado federal Glauber Braga (PSOL-RJ), tem o objetivo de cobrar do governo federal providências urgentes para a preservação dos recursos naturais da reserva biológica do Tinguá, que foi classificada pela Unesco, em 1993, como Patrimônio Mundial da Humanidade. Durante o evento será destacada a importância da Reserva para o meio ambiente e as consequências que vêm ocorrendo com a falta de preservação e fiscalização.

O jornalista Ricardo Portugal, um dos líderes do movimento Pró-Reserva Biológica do Tinguá, ressaltou que a Reserva Biológica (Rebio) Tinguá tem uma característica muito importante para o equilíbrio climático da região da Baixada Fluminense. Segundo ele, ela é reguladora do clima e provedora de recursos hídricos como bacia contribuinte para o rio Guandu .

“O rio Tinguá e o rio São Pedro contribuem com suas águas para o rio Guandu. A bacia hidrográfica do rio Tinguá é contribuinte para o rio Guandu. Por isso, precisamos manter essa reserva biológica de pé. Ela está sendo alvo de destruição e de desmonte das suas soluções biológicas. Não tem número adequado de fiscais. Ela está sucateada. Não é possível que isso aconteça em razão da importância biológica, geológica, geográfica, climática, hídrica para a Baixada Fluminense. O objetivo da Audiência é chamar a atenção para a importância da Reserva Biológica do Tinguá”, comentou.

Ricardo Portugal acrescentou que são 32 represas de captação de água que existem no interior da floresta do Tinguá.

“São represas que foram construídas na época do Império, em 1880, pelo engenheiro Paulo de Frontin. Que funcionam até hoje. Represas que foram erguidas pelos braços escravos. Que foram usados para a construção dessas represas para matar a sede do Rio de Janeiro na época que a cidade era sede da corte imperial. Época de falta d’água muito grande em razão do desmatamento da Floresta da Tijuca. E essas águas do Tinguá até hoje contribuem para matar a sede da população do Rio de Janeiro, para onde vão 60% da água extraída do Tinguá. Os outros 40% são para o abastecimento da Baixada, principalmente Nova Iguaçu. A preservação da Reserva é super importante e estratégica para o equilíbrio do abastecimento d’água, para o equilíbrio da fauna e da flora. Muitos animais e plantas que existem no Bioma Mata atlântica do Tinguá estão ameaçados de extinção e a floresta precisa ser preservada por conta disso”, alertou.

Documento da UNESCO, de 1993, classificando a Reserva Biológica do Tinguá como Patrimônio Natural da Humanidade/ Reserva da Biosfera.

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