25 C
Rio de Janeiro
quinta-feira, maio 2, 2024
spot_img

Ato exige do governo 30 horas no Inca, jornada vigente em toda a rede pública de saúde

Um ato público na manhã desta segunda-feira (18/7) retomou as mobilizações pela jornada de 30 horas no Instituto Nacional do Câncer. A manifestação reuniu servidores na sede do Inca, na Praça da Cruz Vermelha, com cartazes e faixas exigindo o respeito a este direito.
online pharmacy purchase clomid online best drugstore for you

Palavras de ordem como “Rá, rá, rá, 30 horas, já”, foram entoadas pelos manifestantes.
online pharmacy purchase propecia online best drugstore for you

O ato foi organizado pelo Sindsprev/RJ, contando com a participação de dirigentes do Sindicato e da Associação de Funcionários do Inca (Afinca). Representantes de parlamentares também estiveram presentes.

No que se constitui num total absurdo, o Inca é o único hospital público com jornada de 40 horas, contrariando estudos científicos que embasaram a decisão tomada em 2002 pelo órgão máximo do controle social do Sistema Único de Saúde (SUS), a Conferência Nacional de Saúde, que considerou as 30 horas a jornada máxima a ser exercida pelos profissionais de saúde, devido às características extremamente desgastantes do trabalho, como frisou durante a manifestação, a diretora da Regional Jacarepaguá do Sindsprev/RJ, Christiane Gerardo.

Desrespeito

A dirigente lembrou, ainda, que as 30 horas foram asseguradas para toda a rede federal, ratificando a decisão da Conferência, pelo acordo assinado ao final da grande greve do setor em 2014. Christiane acrescentou que para decidir como seria implantada a escala para que a jornada fosse cumprida no Inca, foi prevista a criação de um Grupo de Trabalho (GT).

“As 30 horas, portanto, passaram a valer para todas as unidades federais, mas, desde então, os seguidos governos vêm alegando que o GT foi criado para definir se esta jornada valeria, ou não, para o Inca, o que não tem a mínima lógica”, criticou. Várias argumentações foram usadas para justificar o não cumprimento do direito, a mais frequente, a de que os servidores do Inca fazem parte da carreira do Ministério da Ciência e Tecnologia, o que não se sustenta já que o hospital pertence à rede federal de saúde, sendo o único a não ter as 30 horas.

A diretora da Regional Jacarepaguá do Sindsprev/RJ, Christiane Gerardo, fala durante o protesto. Foto: Mayara Alves.

Discriminação

A discriminação dos servidores do Instituto do Câncer, os únicos em toda a saúde pública obrigados a cumprir uma jornada de 40 horas é tão absurda que levou a própria diretora-geral do hospital, Ana Cristina Pereira, a ter posição firmada pelas 30 horas, o que ajuda na luta pela garantia deste direito. Sidney Castro, diretor do Sindsprev/RJ, sugeriu a formação de uma comissão de servidores, já no próximo ato, para conversar com a diretora para que se manifeste publicamente sobre o assunto.

O dirigente afirmou que o Sindicato fará também um trabalho de articulação em Brasília com parlamentares da oposição em torno do assunto e enviará ofício solicitando negociação com Maíra Batista Botelho, Secretária de Atenção Especializada à Saúde (SAES), a respeito das 30 horas.

“Tudo isso é muito importante, mas o que vai assegurar garantirmos este direito será a mobilização de vocês. Esta manifestação de hoje é o início de muitas outras que faremos até conquistar o que temos direito”, afirmou durante o ato.

Manifestantes pedem que mais colegas desçam para o ato. Foto: Mayara Alves.

Falta de investimento

Também diretora do Sindsprev/RJ, Maria Celina ressaltou que o não cumprimento das 30 horas submete os servidores do Instituto a uma jornada extenuante que gera o adoecimento. Acrescentou ainda que o Inca, uma referência no tratamento e pesquisa oncológica, vem recebendo cada vez menos recursos.
online pharmacy purchase finasteride online best drugstore for you

“É necessário lutar pelo investimento na infraestrutura e também por concurso público de imediato”, disse.

O presidente da Afinca, Leonardo Murad, frisou que os servidores do Inca trabalharam durante toda a pandemia colocando a sua vida em risco para salvar a dos pacientes e não são valorizados. “Quem trabalha na saúde sabe o quanto é difícil e desgastante, sendo necessário um período de descanso para fazer frente a todo este desgaste. Mas este direito nos é negado. Por isto a importância de lutarmos pela jornada de 30 horas”, defendeu.

NOticias Relacionadas

- Advertisement -spot_img

Noticias