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sexta-feira, setembro 20, 2024
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Assembleia organiza a greve da saúde federal que começa na próxima quarta-feira (15/5) contra a privatização

Os profissionais da rede federal de saúde do Rio de Janeiro fizeram, nesta quinta-feira (9/5), uma assembleia de organização da greve por tempo indeterminado que farão a partir da próxima quarta-feira, dia 15 de maio. A greve foi aprovada pela categoria no dia 6 de maio, em assembleia que lotou o auditório do Hospital dos Servidores.

As principais reivindicações são o não fatiamento e privatização do complexo de hospitais federais; a transferência dos servidores destas unidades para a carreira da ciência e tecnologia; o cumprimento do acordo de greve de 2023; o pagamento da insalubridade em grau máximo e do piso da enfermagem na integralidade; o fim do desmonte dos hospitais, com a retomada dos investimentos na compra de insumos e na infraestrutura; bem como a prorrogação de todos os contratos temporários até a realização de concurso público que cubra o déficit de pessoal, hoje de quase 60% da força de trabalho destas unidades. Reivindicam ainda a reposição salarial linear para este ano. O governo propõe reajuste zero.

Aumentar a pressão

Na audiência desta quarta-feira (8/5), em Brasília a ministra da Saúde Nísia Trindade frustrou as expectativas da categoria, não respondendo positivamente a qualquer item da pauta apresentada. O que fortaleceu o entendimento de que para que as negociações avancem é preciso a pressão de uma forte greve.

“A greve vai fazer com que o governo se empenhe em resolver problemas que, na verdade, não deveriam existir porque são fruto do descumprimento de obrigações do patrão, que deveria cumprir a legislação e vem fazendo o contrário. A categoria está extremamente mobilizada, fazendo assembleias com mais de 200 pessoas, mostrando estar muito empenhada em garantir que suas reivindicações mais que justas, sejam atendidas”, avaliou a diretora do Sindsprev/RJ, Christiane Gerado.

Para mais informações sobre a audiência, clique aqui.

O diretor do Sindicato, Sidney Castro, disse que a disposição dos servidores para a greve é muito grande e que a responsabilidade pela paralisação é do próprio governo que não atendeu a nenhum dos pontos reivindicados. “Não concordamos com o desmembramento e privatização dos hospitais, plano que vem sendo apresentado pelo governo como solução, quando para melhorar o funcionamento dos hospitais e o atendimento à população é necessário apenas que se destine os recursos suficientes para normalizar a compra de insumos, de equipamentos e prorrogue os contratos temporários até a realização de concurso que acabe com o atual déficit de pessoal, de quase 60% da mão de obra”, avaliou o dirigente.

Como será a greve

A assembleia desta quinta-feira decidiu que durante a greve estarão suspensas as cirurgias eletivas; o mesmo em relação às consultas e exames eletivos não oncológicos. Continuarão funcionando os serviços de hemodiálise, diálise, quimioterapia, oncologia, cirurgias oncológicas, trocas de sonda, de curativos queimados, cirurgias e atendimentos de emergência e urgência, serviços de maternidade, a pacientes especiais, transplantes e ambulatório de TAP. Além disto, as unidades devem funcionar com 30% de seu dimensionamento.

A assembleia decidiu pelo funcionamento de piquetes de convencimento nas unidades formado pelos servidores. Casos omissos deverão ser analisados pelos comandos de greve de cada hospital, após consulta ao comando geral de greve. As direções das unidades serão informadas dos contatos de cada comando. Caberá às direções comunicar as decisões aos serviços de regulação. Documento com este conteúdo foi enviado a todos o Corpo Clínico dos hospitais.

Não houve qualquer avanço na negociação com a ministra Nísia Trindade, na quarta-feira (8/5). Foto: Mayara Alves.

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