Assembleia da rede federal de saúde realizada na noite desta quarta-feira (14/6) aprovou, por unanimidade, ato público unificado na próxima segunda (19), a partir das 10h, em frente ao Hospital Federal da Lagoa (HFL). O ato será um protesto de toda a rede contra mais uma tentativa de estadualização do HFL, que o governador Claudio Castro está no momento articulando. Os servidores também vão exigir a implementação imediata do piso salarial da enfermagem, da jornada de 30h para todos, o fim das privatizações e a retirada das organizações sociais (O.S.) das unidades onde estejam atuando. A convocação para o ato de segunda (19) também está sendo feita pelo Sindicato dos Enfermeiros do Rio de Janeiro e pelo Sindicato dos Auxiliares e Técnicos de Enfermagem do Município do Rio, em unidade com o Sindsprev/RJ.

Outro indicativo aprovado pela assembleia desta quarta foi o de realizar uma paralisação de 24h, na próxima sexta-feira (23/6), para pressionar o Ministério da Saúde a recuar da estadualização do HFL e atender às demais reivindicações dos servidores. “Que moral tem Claudio Castro para requerer uma unidade federal de saúde? O governo do Estado já entregou quatro hospitais gerais que poderiam certamente virar Centros Oncológicos Estaduais. Albert Schweitzer, Pedro II, Rocha Faria e Saracuruna foram todos entregues aos municípios.

O Hospital Eduardo Rabello possui seis salas com 30 leitos, mas só está funcionando com 30 leitos.

O resto da rede estadual é gerenciado pela Fundação de Saúde do Estado e por organizações sociais. Para completar, em 2012 o Iaserj foi implodido com 400 leitos. Tudo isto mostra que os governos estaduais do Rio, incluindo o atual, são coveiros de hospitais. Não aceitaremos a estadualização do Hospital da Lagoa”, afirmou Cristiane Gerardo, dirigente regional do Sindsprev/RJ.

O Hospital da Lagoa é uma das mais importantes unidades da rede federal. Caso venha a ser estadualizado, isto será um duro golpe em todo o SUS, com repercussões até mesmo em nível nacional.