Confirmando seu viés de inimigo do meio ambiente e amigo de desmatadores, madeireiros, garimpeiros e grandes latifundiários, o governo Bolsonaro propõe, para este ano de 2021, o menor orçamento do Ministério do Meio Ambiente nos últimos 21 anos. Segundo relatório produzido pela rede Observatório do Clima (OC), o Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA), que será analisado pelo Congresso Nacional em fevereiro, prevê R$ 1,72 bilhão para a pasta. Desde o ano 2000, o Ministério do Meio Ambiente nunca contou com menos de R$ 2,9 bilhões em seu caixa.

Intitulado “‘Passando a boiada, o relatório da OC sublinha que, entre os principais cortes, está o orçamento destinado a fiscalização ambiental e combate a incêndios florestais. O valor para este ano de 2021 será 27,4% menor do que o apresentado em 2020, passando de R$ 174,8 milhões para R$ 127 milhões.

A redução de orçamento foi proposta mesmo diante do avanço da taxa de desmatamento no país, que atingiu seu maior valor desde 2008, além da perda de 30% da área do Pantanal durante as queimadas de 2020.

Já os recursos voltados para a gestão das unidades de conservação — a cargo do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) —  despencaram 61,5% em apenas um ano, passando de R$ 209 milhões para R$ 131,1 milhões.

Mas os cortes não param por aí e também atingem os trabalhos de monitoramento por satélite, atividade fundamental no controle e prevenção do desmatamento. O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), por exemplo, perderá 10% de sua ação orçamentária referente a monitoramento por satélite.
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Desde que, em 2019, desmascarou as mentiras de Bolsonaro sobre o meio ambiente, o Inpe vem sendo atacado e perseguido pelo atual governo, que tudo faz para desacreditar aquele importante e respeitado instituto.
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A política de destruição ambiental praticada pelo governo Bolsonaro vem cada vez mais isolando o Brasil no cenário internacional, transformando o país num verdadeiro pária.

Parte dessa política é executada por meio do desmonte dos instrumentos de fiscalização na área ambiental, como o Ibama, e pelo afrouxamento no combate a ações ilegais. No caso do Ibama, o total de multas aplicadas pelo órgão em 2020 caiu 20% em relação ao ano anterior, atingindo o menor patamar das últimas duas décadas.

Com Bolsonaro, o caminho ficou livre para que madeireiros, desmatadores e garimpeiros destruam todas as florestas e a biodiversidade.
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