Após um ano da assinatura do Acordo de Greve do INSS, questões como incorporação da GDASS ao vencimento básico, transformação da carreira do seguro social em carreira típica de Estado, reestruturação do INSS, melhoria das condições de trabalho e realização de concurso público ainda continuam pendentes. Apesar de ter assumido em janeiro deste ano com a promessa de cumprir o que estava pendente no Acordo, o novo governo também não deu, até o momento, passos concretos nesse sentido. Tanto que, no último dia 8/5, em Brasília, a Fenasps (federação nacional) cobrou mais uma vez o cumprimento do Acordo de Greve, durante reunião com a diretoria do INSS, no Comitê Permanente sobre Processos de Trabalho.
Uma das consequências mais nefastas do desmonte do INSS e do não cumprimento de um dos principais itens do Acordo de Greve — a realização de concursos — é que atualmente a autarquia está com 7,1 milhões de requerimentos na fila de espera, sem contar o caos nos sistemas do instituto, que funcionam de maneira precária e intermitente. O pior é que, em meio a tamanhas precariedades, a gestão do INSS continua exigindo dos servidores o cumprimento de metas abusivas.
Fenasps cobra cumprimento do Acordo de Greve. Leia aqui
A Fenasps continua cobrando o atendimento das reivindicações das pautas dos servidores junto ao ministro da Previdência, Carlos Lupi. Se há um Acordo de Greve, a federação e sindicatos filiados exigem que seja cumprido, como também exigem solução para as precariedades que impactam diretamente o funcionamento da autarquia e prejudicam os direitos de milhões de segurados.
Para a Fenasps e sindicatos, já passou da hora de o INSS merecer atenção por parte do governo, que deve respeitar as limitações de produtividade dos servidores(as) impostas pela falta de pessoal e de sistemas que efetivamente funcionem.
Acordo de Greve é para ser cumprido.
Não é mais possível que os trabalhadores do INSS tenham suas demandas adiadas pela paralisia e inoperância do novo governo.