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quinta-feira, novembro 21, 2024
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A pedido de chefia do HFSE, Coren-RJ move perseguição contra dirigentes do Sindsprev/RJ e do SindEnf-RJ

Por meio da Portaria nº 201/2024, na última segunda-feira (29/1), o Conselho Regional de Enfermagem do Rio de Janeiro (Coren-RJ) instaurou processo ético contra Cristiane Gerardo (dirigente regional do Sindsprev/RJ), Elizabeth Guastini e Líbia Bellusci (dirigentes do Sindicato dos Enfermeiros do Rio – SindEnf-RJ). O procedimento ético foi instaurado pelo Coren-RJ a partir de denúncia encaminhada pela chefia de enfermagem do Hospital Federal dos Servidores do Estado (HFSE), que alegou ter sua honra ofendida e desrespeitada pelas três servidoras, durante ato da enfermagem realizado na entrada daquela unidade, em setembro de 2023.

“O Coren-RJ admitiu instaurar um Procedimento Administrativo Disciplinar [PAD] com base em uma denúncia inverídica. O que aconteceu foi que inúmeros trabalhadores do HFSE já vinham relatando situações de assédio praticado pela chefia de enfermagem do hospital. Se inúmeros servidores alegam estar se sentindo assediados, eu não tenho porque desacreditar. Então, essa atitude intimidatória para fazer os servidores enfraquecerem uma luta justa precisou de uma resposta dos sindicatos, que assim o fizeram”, afirmou Cristiane Gerardo. Segundo ela, o procedimento ético instaurado pelo Coren-RJ é questionável sob todos os aspectos. “O PAD jamais deveria ter sido admitido pelo Coren-RJ porque, durante o ato no HFSE, eu não estava no exercício profissional, o que também era a situação das outras companheiras ali presentes. Mesmo assim, o Coren-RJ, num precedente perigoso, acentuou a perseguição ao sequer examinar a admissibilidade do PAD. Nem na ditadura nós vimos isto. Quero lembrar ainda que, durante o ato no HFSE, eu estava exercendo meu mandato sindical, que deve ser livre e autônomo”, disse.

O assédio praticado pela chefia de enfermagem do HFSE, segundo Cristiane, teria ocorrido porque os servidores estavam sendo pressionados a cumprir a carga horária do período de greve, apesar de já ter sido acordado com o DGH (Departamento de Gestão Hospitalar) que não haveria compensação em função da legitimidade da greve pelo piso. “Se houve um acordo verbal de reposição de serviço e assim foi feito, por que apenas no HFSE seria diferenciado? Tudo isto mostra a intenção da chefia de enfermagem do HFSE no sentido de atacar as entidades sindicais que efetivamente lutaram pelo piso da enfermagem, como o Sindsprev/RJ e o SindEnf-RJ. É absurdo que o Coren-RJ agora seja utilizado como instrumento de perseguição ao livre exercício sindical. Mas o nosso movimento não é bagunça. O nosso movimento não se curva a conselhos e patrões”, frisou Cristiane, que já anunciou a intenção de recorrer contra o PAD em todos os fóruns possíveis: “não vão calar a nossa luta e a nossa voz. Jamais abriremos mão de denunciar o que consideramos condenável. Não aceitamos que tentem cercear as atividades sindicais e de mobilização da enfermagem. Seguiremos exigindo eleição direta já, para todas as chefias de enfermagem”, concluiu.

 

 

 

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