No último dia 15/6, por meio do Ofício nº 014/2020, a Anasps (Associação Nacional dos Servidores Públicos, da Previdência e da Seguridade Social) cobrou da GEAP (Autogestão em Saúde) que garantisse o atendimento a todos os beneficiários, independente de estarem (ou não) em dia com suas obrigações financeiras junto à seguradora. A Anasps cobrou também que a GEAP não suspendesse os contratos dos beneficiários durante a pandemia da Covid-19.
Em seu ofício, a Anasps argumentou que a GEAP precisa fornecer a mesma qualidade do atendimento e dos serviços que vigorava antes da pandemia. E que, diante do atual cenário, muitos podem ser os motivos que levam os beneficiários ao impedimento ou descontinuidade no cumprimento de suas obrigações financeiras, como o fato de permanecerem fora de seus domicílios ou pela demora na entrega das correspondências pelos correios. A Anasps lembrou ainda que a atual lei que regula os planos de saúde garante a manutenção do atendimento a usuários com faturas em atraso por 60 dias, consecutivos ou não, tanto no caso dos contratos individuais como no de familiares.
Em sua resposta ao ofício, porém, a GEAP mais uma vez foi vaga, afirmando apenas ‘estar atenta às medidas de combate à covid-19’, o que pode significar tudo e, ao mesmo, nada.
A resposta da GEAP expressa, infelizmente, a concepção meramente financeira que hoje rege as relações da seguradora com seus beneficiários.
Uma relação na qual cada beneficiário é visto como apenas mais um número nos balanços contábeis da seguradora. Tanto é assim que, sobretudo nos últimos anos, a atual gestão da GEAP nada fez para evitar a crescente evasão de beneficiários que já não aguentam mais pagar as mensalidades do GEAP Saúde, reajustadas em índices muito superiores à inflação oficial.