Reunidos dia 6/2 com o diretor-presidente da Capesespe, João Paulo dos Reis Neto, representantes do Sindsprev/RJ, do Sintrasef, do coletivo ‘SUCAM em Movimento’ e da Fenasps (Federação Nacional) pediram o cancelamento imediato do reajuste de 22% aplicado pela Fundação sobre o plano CapeSaúde. Em resposta, Reis Neto disse ser impossível o cancelamento, alegando que o índice (cerca de 10 vezes superior à inflação acumulada pelo INPC) foi aplicado como parte do processo de saneamento financeiro da Capesesp. Segundo ele, se o saneamento financeiro for concluído este ano, com aprovação da ANS, o reajuste para 2019 será de 15% .
‘Índice é absurdo’, diz servidor
Dirigente do Sindsprev/RJ, o servidor Sidney Castro reafirmou a luta contra o reajuste. “Este índice absurdo de 22% vai provocar um número ainda maior de desligamentos de segurados da CapeSaúde. É inviável. Se for preciso, recorreremos à Justiça”, disse, com a concordância de Marchon Vieira, do Sintrasef: “Como fica a situação dos desligados? Como é possível pagar esse custo se o governo, por meio da Emenda 95, proibiu reajustes do funcionalismo por 20 anos?”.
“O percentual é abusivo. Queremos que o Ministério da Saúde, como um dos maiores patrocinadores, banque ao menos 50% do plano”, completou Lúcia Pádua, da Federação Nacional (Fenasps), após lembrar que os repasses dos patrocinadores não foram reajustados.
Per capita dos desligados
Além do cancelamento do reajuste de 22%, os servidores cobraram explicações sobre o fato de o per capita do plano continuar constando dos contracheques de segurados que já se desligaram há anos da CapeSaúde; a devolução dos recursos gastos com a realização de exames periódicos; o resultado de auditoria da ANS na CapeSaúde; o reajuste da tabela de reembolso; e a melhoria do atendimento.
Sobre o per capita dos segurados que já se desligaram do plano, João Paulo dos Reis Neto disse que tem informado os RHs das patrocinadoras sobre todos os desligamentos e que o problema deve ser solucionado junto a essas patrocinadoras. Os sindicatos propuseram que sejam desconsiderados os prazos de carência para segurados que queira retornar ao plano. Reis Neto aceitou estudar a proposta.
Durante a audiência dos sindicatos com o diretor-presidente da CapeSespe, servidores do Ministério da Saúde fizeram ato público para protestar contra o abusivo aumento de 22%.