“Barros representa os interesses do setor privado, por isto o objetivo de sua estada no ministério da saúde do governo Temer não poderia ser outro senão o estabelecimento proposital do caos na rede federal. É como colocar a raposa no galinheiro.
Ele foi escolhido a dedo por Temer para cumprir esta tarefa suja”, afirmou o diretor do Sindsprev/RJ Sidney Castro. Ele frisou que a categoria nunca parou de lutar em defesa dos hospitais federais, conseguindo, com isto, barrar o projeto de privatização.
“Mas o desmonte se aprofundou com mais intensidade ainda que no governo Dilma Roussef (PT).
Para barrar esse processo e a entrega das unidades ao capital privado, é preciso aumentar as mobilizações”, defendeu.
Barros, já vai tarde
Barros sairá da pasta da saúde para se desincompatibilizar e concorrer à reeleição como deputado federal. Pela lei, tem que sair até 7 de abril. Aos servidores da saúde federal, não vai deixar nenhuma saudade. Para que ficasse bem explícito, a categoria fez, dia 2 de março, o ato “Bota-Fora Barros”, em frente ao prédio da Rua México, 128, onde funciona o Núcleo do Ministério da Saúde. “Ricardo Barros faz parte de uma política de governo e veio pra destruir a saúde. Isto mostra que o Estado mata não só com bala, mas também mata quando sucateia a saúde da população. Além de Barros e de Temer, há outros culpados pela situação, como o ex-secretário Sergio Côrtes e o ex-governador Sergio Cabral, condenado por corrupção”, afirmou Sebastião José de Souza (Tão), dirigente do Sindsprev/RJ.
Antes do Fora-Barros, outro ato aconteceu dia 28/2, no Hospital Federal de Bonsucesso (HFB), quando servidores e pacientes denunciaram a forma precária como foi reaberta a emergência da unidade, após seis anos de obras que, segundo levantamento da Defensoria Pública da União (DPU), custaram R$ 21 milhões.