O Sindsprev/RJ, filiado à Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), reforça a convocação dos servidores de sua base para o Congresso da CTB, que será realizado dias 30 e 31 deste mês, no Sindicato dos Estivadores, na Rua Antonio Lage, 42, no bairro da Gamboa. O evento faz parte da preparação para o 6º Congresso Nacional da Central, que será realizado em agosto de 2025, em Salvador (BA), com o lema “Unidade e Luta para Transformar o Brasil — Desenvolvimento com democracia, soberania e trabalho digno”.

Paulo Farias, presidente da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) no Rio de Janeiro, destacou que a entidade resgatou, nos últimos anos, a marca do sindicalismo classista de luta.

“A CTB conseguiu deixar uma marca muito nítida, de ser plural e democrática em todos os aspectos do cotidiano da Central. E é por isso que tem sido possível dar ao movimento sindical fôlego novo para resistir aos ataques dos patrões e dos governos. Podemos afirmar que a realização do 6° Congresso da CTB-RJ vai demonstrar essa energia positiva. Teremos o maior número de delegados e delegadas em toda a nossa história recente, o que reflete a força da CTB no Estado do Rio de Janeiro”, apontou.

O presidente da CTB-RJ acrescentou que considera de vital importância, no plano de lutas, aprofundar ainda mais a compreensão de que é necessária a construção de uma ampla e democrática frente política no estado para derrotar a extrema direita representada pelo atual governador.

“O Rio está num atoleiro político, social e econômico há muitos anos e sem expectativa de sair dessa situação. A CTB-RJ se propõe estar à frente da luta pelo fim da escala 6×1, contra a privatização da Cedae, contra o desmonte do SUS e lutar contra o desmantelamento da rede federal de saúde em nosso estado. Vamos organizar o Encontro da Classe Trabalhadora do Rio (Enclar) para eleger uma pauta unificada e assim unificar as lutas da classe trabalhadora em nosso estado”, adiantou.

Maria Celina de Oliveira, dirigente do Sindsprev/RJ, ressaltou que a CTB está altamente qualificada para discutir os temas que serão apresentados, não só criticando como sugerindo propostas. Ela destacou a situação dos hospitais que estão sendo cedidos para o município do Rio e empresas públicas, como Ebserh e Grupo Conceição.

“Hoje uma pessoa com queimadura de terceiro grau no corpo todo pode ficar deformada. Pode não ter uma recuperação. Nós temos hospital especializado nisso, que é o Hospital do Andaraí. O paciente é recuperado, depois é feito enxerto nas queimaduras e é feita a plástica. Isso significa que a pessoa pode voltar a ter uma vida normal. Muitas dessas pessoas têm o seu corpo totalmente reestruturado. Esse é o nível 4 de atendimento. O município, a Ebserh e o Grupo Conceição não fazem isso”, explicou.

A dirigente citou ainda a cirurgia bariátrica. “A bariátrica vai acabar porque nem a prefeitura, nem a Ebserh, nem o Grupo Conceição vão ter. A cirurgia bariátrica tem duas grandes importâncias: o paciente emagrece e começa a ter uma vida com mais saúde. A pele dessa cirurgia é levada para os hospitais que têm pacientes queimados. Essas pessoas são classificadas de acordo com o DNA e são recuperadas”, enfatizou.

“Hoje, temos uma série de problemas de medicações caras que as pessoas não conseguem comprar e o SUS não está mais distribuindo. O nosso congresso está voltado para isso: contrário a todas as privatizações, discutir a saúde, a educação, o transporte e o trabalho”, concluiu.