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quinta-feira, novembro 14, 2024
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Governo patronal de Lula pede que Justiça force servidores a “desocuparem” direção-geral do HFB

Na última terça-feira (7/10), a Advocacia-Geral da União (AGU) ingressou com pedido de liminar junto à Justiça Federal do Rio de Janeiro, com base em ação movida pela União Federal em junho deste ano, para obrigar os servidores do Hospital Federal de Bonsucesso (HFB) a desocuparem as instalações e dependências da direção-geral daquela unidade. Em sua petição, a AGU alega que a referida ocupação estaria impedindo o funcionamento regular do Hospital de Bonsucesso.

Iniciada dia 2 de outubro após ser aprovada em assembleia dos trabalhadores do HFB realizada naquele mesmo dia, a ocupação visa denunciar a tentativa do Ministério da Saúde de entregar a gestão da unidade ao Grupo Hospitalar Conceição (GHC).

“Na verdade, a presença dos servidores nas dependências da direção-geral do Hospital de Bonsucesso não está impedindo ninguém de entrar ou sair dali, como também não está impedindo a diretora-geral, Maria Célia Carvalho Pereira, de exercer suas funções. Portanto, o que acontece é exatamente o contrário do que o Ministério da Saúde alega na ação. O protesto dos servidores foi o resultado de uma situação de grande insegurança provocada pelo próprio Ministério da Saúde, que em nenhum momento informou os trabalhadores sobre o que pode ocorrer com o HFB se o Grupo Conceição realmente assumir a gestão. A ocupação é portanto uma atividade de resistência”, afirmou Sidney Castro, da direção do Sindsprev/RJ.

“Também dirigente do Sindsprev/RJ, Cristiane Gerardo reforçou as críticas. “A ocupação tem por finalidade defender o HFB e toda a rede federal, que está sob duro processo de desqualificação. A tentativa de forçar o fim da ocupação é uma medida autoritária e impositiva do Ministério da Saúde, que não respeita as instâncias de controle social. O Ministério mentiu ao dizer que estamos impedindo o pleno funcionamento do hospital. Se estamos em greve, é porque o governo não cumpriu o acordo de 2023, nos mantém em desvio de função, nos paga a insalubridade em valores menores, sucateia as unidades e não tem compromisso algum com a saúde pública”, disse.

No próximo dia 15 de outubro, a greve dos trabalhadores da rede federal completará 5 meses sem que o governo patronal de Lula (PT) e sua ministra Nísia Trindade tenham demonstrado um mínimo de disposição para instalar negociações de fato. Ao contrário, desde o início da greve o governo patronal de Lula (PT) vem tentando criminalizar e atacar a paralisação, igualando-se à gestão Bolsonaro no ódio aos trabalhadores e trabalhadoras do serviço público.

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