Nesta terça-feira (17/9), o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ) determinou a desocupação dos espaços da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) pelos estudantes que, desde o dia 26 de julho deste ano, protestam contra mudanças nas regras para concessão de bolsas e auxílios de assistência a alunos da graduação. A determinação do TJ-RJ atendeu a pedido de reintegração de posse feito no último dia 12/9 pela reitoria da Uerj. Cinco dias após o pedido, foi realizada audiência de conciliação no TJ-RJ, da qual participaram representantes da reitoria e estudantes que participam do movimento de ocupação.

A ocupação estudantil iniciada em julho estendeu-se também ao Pavilhão João Lyra Filho, na entrada principal do Campus Maracanã, o que levou à suspensão das aulas na universidade. A decisão liminar de desocupação de todas as áreas dos prédios da instituição — nas unidades da Capital e dos Municípios de Duque de Caxias e São Gonçalo — foi proferida pela juíza Luciana Losada Albuquerque Lopes, da 13ª Vara de Fazenda Pública do TJ-RJ. O prazo para desocupação é de 24h, contadas a partir da notificação.

Estudantes que participam da ocupação criticam a medida, alegando falta de diálogo e autoritarismo por parte da reitora da Uerj, Gulnar Azevedo. Durante reportagem do programa Bom Dia Rio desta quarta-feira (18/9), um estudante afirmou que a reitora Gulnar Azevedo será responsabilizada, caso haja violência policial durante a desocupação.

A mobilização estudantil foi uma reação a mudanças nos critérios para que alunos de ampla concorrência em vulnerabilidade social consigam a Bolsa Auxílio Vulnerabilidade Social (Bavs), além da restrição do pagamento do auxílio-alimentação para alunos de cursos que fiquem em campi que não tenham restaurante universitário e mudanças no auxílio para material didático, antes pago a cada seis meses, para um pagamento anual de R$ 600.