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sexta-feira, setembro 20, 2024
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Ato unificado, nesta quinta (29/8), no HFB, exigirá a saída do grupo Conceição e o fim do fatiamento da rede

Um ato unificado, às 9 horas, nesta quinta-feira (29/8), em frente ao Hospital Federal de Bonsucesso, vai cobrar da ministra Nísia Trindade, da Saúde, que ponha fim ao projeto de desmembramento da rede de hospitais federais do Rio de Janeiro. A manifestação também vai exigir da ministra que cancele a terceirização da gestão do HFB que ela colocou nas mãos do grupo hospitalar Nossa Senhora da Conceição.

“Teremos amanhã um grande ato unificado, que é mais um passo importante para derrotar esta política entreguista do governo, que mostra a falta compromisso em assegurar à população um atendimento de qualidade”, afirmou o diretor do Sindsprev/RJ, Sidney Castro.

“Estas empresas, em cujas mãos o governo quer entregar a gestão dos hospitais da rede, visam apenas lucrar com o orçamento destas grandes unidades. O HFB não precisa do grupo Conceição, nem de qualquer outro gestor, precisa de investimento público e de concurso para admissão de pessoal. O que vem acontecendo é um sucateamento proposital para justificar o fatiamento e a privatização”, afirmou o dirigente.

Christiane Gerardo, diretora regional do Sindsprev/RJ, disse que todas as atividades dos servidores em greve têm sido fundamentais para alertar a sociedade e os usuários dos serviços da rede federal, sobre os riscos da perda da atenção de alta complexidade especializada que os hospitais federais prestam, que seria gerada pelo fatiamento e terceirização. “O ato no HFB é mais um passo importante na luta contra este projeto do governo”, afirmou.

Conselho rejeita entrega da rede ao prefeito do Rio – Reunido na tarde desta terça-feira (27/8), no 10º andar da Rua México, 128, no Centro da Cidade, o Conselho Estadual de Saúde do Rio de Janeiro (CES/RJ) rejeitou a implantação do projeto do governo Lula de entregar o Hospital do Andaraí à Prefeitura do Rio de Janeiro. A reunião contou com a presença de representantes do Ministério da Saúde e também rejeitou a municipalização de qualquer outra unidade federal, já que também estaria prevista a passagem do Cardoso Fontes para as mãos do município. O presidente do Conselho Estadual, Leonardo Legora, dirigiu a mesa que organizou os debates.

A proposta de rejeição foi feita pelo ex-membro do Conselho Nacional de Saúde, Francisco Júnior, e apresentada como proposta alternativa à do governo. Para o conselheiro, o projeto faz parte de um longo processo de desconstrução do Sistema Único de Saúde, iniciado pelo ministro da Administração, Bresser Pereira, ainda no governo Fernando Henrique Cardoso. “Trata-se da mesma política do Estado mínimo, de terceirização e privatização do SUS. O SUS tem que ser público, com regras únicas, gestores servidores de carreira, com contratações de profissionais pelo Regime Jurídico Único e não pela CLT, como seria através da Prefeitura ou da Ebserh, o que poderia transformar o que é público em cabide de empregos”, afirmou.

Vitória do SUS – A resolução do plenário do Conselho Estadual confirma a decisão do Conselho Municipal de Saúde, aprovada em 30 de julho, que também rejeitou o projeto do governo de municipalização. Todos os representantes dos usuários e servidores do SUS que discursaram criticaram o governo Lula e a ministra da Saúde, Nísia Trindade, em particular, por terem imposto – unilateralmente e sem consulta aos conselhos, que formam o chamado controle social – não só a municipalização dos hospitais do Andaraí e Cardoso Fontes, como o fatiamento das seis unidades da rede federal, e sua entrega a diferentes gestores, entre eles o grupo hospitalar Nossa Senhora da Conceição, a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh) e a Fundação Oswaldo Cruz.

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