Em reunião nesta quinta-feira (8/8), o presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, se comprometeu a instalar a Mesa Nacional de Negociação de Greve, já na próxima segunda-feira, 12 de agosto. Nela serão tratados os temas sobre os quais o INSS tem poder decisão.
“Reafirmamos na reunião com o presidente, as pautas da categoria: carreira de Estado, alteração de nível de ingresso (superior), adicional de qualificação, incorporação da GDASS ao VB, cumprimento do acordo de greve de 2022, enfim, todas as pautas que já estão colocadas na mesa, e solicitamos que fosse, de fato, aberta uma mesa de greve para negociar as pautas que estão na governabilidade do presidente do INSS, como condições de trabalho, processo de trabalho, programa de gestão, entre outros, e ele se comprometeu a instalar (a mesa de greve) na segunda-feira (12/8)”, afirmou a diretora da Fenasps e integrante do Comando Nacional de Greve, Thaize Antunes, em vídeo postado no site da entidade.
Aumentar a adesão à greve – Além da Fenasps, participaram do encontro com Stefanutto, dirigentes da Confederação Nacional dos Trabalhadores da Seguridade e do Seguro Social (CNTSS) e da Confederação Nacional dos Servidores Públicos Federais (Condsef). “Saímos da reunião com a perspectiva da negociação dos itens da greve. Mas para que ela tenha um fim favorável a toda categoria, precisamos aumentar a adesão à greve e as mobilizações nos locais de trabalho”, ressaltou Cristiano Machado, também do CNG e diretor da Fenasps.
“Reafirmamos a necessidade do presidente do INSS retirar a ação judicial acolhida pelo Superior Tribunal de Justiça, pois prejudica o processo de negociação, sendo uma pressão sobre os trabalhadores e as entidades sindicais. Dissemos que se o governo quiser realmente uma negociação de fato que atenda às nossas pautas, é preciso retirar a ação, para que tenhamos um processo político de negociação”, frisou o dirigente.
Negociação com o MGI – Como o INSS tem prerrogativa para negociar temas que não necessitam de previsão de verba no Orçamento da União, os demais itens da pauta de reivindicações terão que ser tratados numa mesa nacional de greve específica com o Ministério da Gestão e Inovação no Serviço Público (MGI). Esta reivindicação será feita, novamente, na rodada da Mesa Temporária de Negociação marcada pelo órgão para esta sexta-feira (9/8), às 14h30.
Esta mesa é mais ágil do que a temporária e sua instalação é prevista em casos de greve. Mas para que isto aconteça, o CNG avalia ser preciso, tanto o aumento da adesão, quanto a participação nos atos e piquetes.
Estão previstas mobilizações nos estados nesta sexta-feira. Em Brasília será feito um protesto em frente ao MGI, para pressionar pelo avanço nas negociações.
Comando Itinerante – No Rio de Janeiro um Comando Itinerante está intensificando as visitas às agências e gerências. O objetivo é conversar com os servidores que ainda não aderiram sobre a necessidade de fortalecer a paralisação neste que é um momento decisivo. No estado, participam da greve tanto os que estão no presencial, quanto no teletrabalho. Como consequência, muitas agências têm funcionado, ou com número reduzido de servidores, ou apenas com estagiários.
O CI tem conversado também com os segurados que reclamam muito do atendimento digital, por ter aumentado a espera pelos serviços prestados pelo INSS. O Comando Itinerante tem feito votações nas unidades em que os segurados têm se posicionado de forma unânime, favoráveis ao retorno do atendimento presencial.
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