Assembleia dos servidores do INSS realizada na noite desta segunda-feira (15/7) aprovou o indicativo da Fenasps para deflagrar greve nacional por tempo indeterminado a partir de hoje (16/7). A assembleia também aprovou a criação de um Comando Unificado de Greve do Rio de Janeiro, que se reunirá na próxima quinta-feira (18 de julho), a partir das 18h, por meios remotos. Entre outras questões, o Comando de Greve vai avaliar os resultados da 4ª Reunião da Mesa Específica e Temporária do Seguro Social, que acontece hoje (16/7), a partir das 10h, em Brasília, na sede do Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI). Da reunião no MGI vão participar representantes da Fenasps (federação nacional).
Outra atividade do Comando Unificado de Greve será organizar e construir um calendário visitas às gerências e agências do INSS no Estado, com vistas à mobilização para a greve. A proposta é que o Comando Unificado seja tenha a maior representatividade possível de servidores da autarquia no Rio de Janeiro.
Durante a assembleia desta segunda-feira (15/7), a avaliação geral de servidores e dirigentes do Sindsprev/RJ foi no sentido de considerar que, diante do descaso do governo Lula (PT) pelas reivindicações do Seguro Social, somente a greve será capaz de provocar uma mudança de postura no MGI.
Entre as contradições do governo Lula lembradas pelos servidores está o fato de o MGI propor mesas específicas de negociação do Seguro Social, mas ao mesmo tempo não abrir canais concretos para discutir reivindicações como comitê gestor de carreira, implementação da carreira de estado, modelo de gestão e integralização da GDASS ao vencimento básico, entre outros itens. Na avaliação de vários servidores que participaram da assembleia, o atual governo parece ter a intenção de acabar paulatinamente com o INSS e colocar seus trabalhadores numa carreira em extinção, o que configuraria uma prática de governos neoliberais como os de Temer e Bolsonaro.
Na mais recente “negociação” sobre as pautas do Seguro Social, o MGI apresentou a indecente proposta de extinção da GAE e sua substituição pela Gratificação de Atividade (GAT), o que implica achatamento ainda maior da remuneração. Outro retrocesso apresentado pelo governo foi a proposta de alongar, de 17 para 20 níveis, o número de padrões da atual carreira do seguro social.
Por isto tudo e muito mais, é preciso fortalecer e construir a greve do INSS no Estado do Rio, a exemplo do que já estão fazendo os servidores nas outras regiões do país.