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quinta-feira, novembro 21, 2024
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Rede Federal de Saúde: greve que começa na quarta (15/5) será a resposta ao descaso do governo Lula (PT)

Os servidores da rede federal de saúde do Rio de Janeiro iniciam, na quarta-feira (15/5), uma greve por tempo indeterminado. Aprovada pelos trabalhadores em assembleia ocorrida dia 6 de maio, no Hospital Federal dos Servidores (HFSE), a greve foi reafirmada na assembleia geral da rede federal da última quinta-feira (9/5), quando os servidores definiram aspectos organizacionais da paralisação.

As reivindicações da greve são: não ao fatiamento e privatização do complexo de hospitais federais; transferência dos servidores destas unidades para a carreira da Ciência e Tecnologia; cumprimento do acordo de greve de 2023;  pagamento do adicional de insalubridade em grau máximo; pagamento do piso da enfermagem em valores integrais; fim do desmonte dos hospitais, com a retomada dos investimentos na compra de insumos e infraestrutura; e prorrogação de todos os Contratos Temporários da União (CTUs) até a realização de concurso público que cubra o déficit de pessoal, hoje de quase 60% da força de trabalho destas unidades. Outra reivindicação — de caráter geral — é reajuste linear em índice que recomponha o efetivo poder de compra dos salários. Até o momento, o governo Lula (PT) oferece zero de reajuste para este ano.

Em audiência realizada na última quarta-feira (8/5), em Brasília, a ministra da Saúde, Nísia Trindade, frustrou as expectativas do Sindsprev/RJ e dos servidores, ao não responder positivamente a qualquer item da pauta apresentada. A postura de Nísia fortaleceu o entendimento de que a greve será decisiva para pressionar o governo a avançar nas negociações.

Como será a greve nas unidades federais

A assembleia da última quinta-feira (9/5) decidiu que, durante a greve, estarão suspensas as cirurgias eletivas; o mesmo em relação às consultas e exames eletivos não oncológicos. Continuarão funcionando os serviços de hemodiálise, diálise, quimioterapia, oncologia, cirurgias oncológicas, trocas de sonda, de curativos queimados, cirurgias e atendimentos de emergência e urgência, serviços de maternidade, serviços de atendimento a pacientes especiais, transplantes e ambulatório de TAP. Além disso, as unidades devem funcionar com 30% de seu dimensionamento de pessoal.

A assembleia decidiu ainda pelo funcionamento de piquetes de convencimento, formados pelos servidores, nas unidades de saúde. Casos omissos deverão ser analisados pelos comandos de greve de cada hospital, após consulta ao comando geral de greve. As direções das unidades serão informadas dos contatos de cada comando. Caberá às direções comunicar as decisões aos serviços da regulação. Documento com este conteúdo foi enviado a todos os corpos clínicos dos hospitais.

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