Foi com grande indignação que os servidores(as) da seguridade e do seguro social — servidores(as) da base da Fenasps — receberam a indecente “proposta” salarial apresentada pelo governo Lula (PT) durante a reunião da Mesa Nacional de Negociação Permanente ocorrida na última segunda-feira (18/12).
Após 7 (sete) anos de congelamento salarial, o governo “enrolou” durante sete meses de negociações vazias, nas quais uma reunião só apontava para realização de outra reunião. Tudo sem qualquer solução concreta.
Vale ressaltar que os ditos 9% de reajuste linear concedidos em 2023 não chegam nem perto de recompor o poder de compra dos salários, cujas perdas são estimadas em mais de 51.6%.
Ao mesmo tempo em que acenou com zero de reajuste salarial para 2024, o governo propôs reajuste do vale-alimentação de forma a excluir os servidores aposentados. Assim, a proposta do governo aprofunda o abismo entre ativos e aposentados do executivo federal. Afinal de contas, aposentados não recebem auxílio-creche, vale-alimentação e tampouco têm plano de saúde.
Atualmente, em decorrência da desvalorização salarial, muitos aposentados e pensionistas são obrigados a escolher entre se alimentar ou comprar remédios.
A exemplo da Fenasps e demais sindicatos filiados, o Sindsprev/RJ também considera a proposta do governo Lula discriminatória, etarista e cruel para com 70% dos servidores aposentados que, durante mais de 45 anos de dedicação institucional, se encontram em situação de extrema dificuldade financeira, muitos deles imersos em empréstimos consignados. Vale inclusive lembrar que muitos perderam filhas(os), genros e noras na pandemia e hoje são arrimos de família.
Por isso que, acertadamente, a Fenasps não somente repudiou a proposta do governo, como está solicitando ao Ministério da Gestão e Inovação (MGI) a revisão dessa injusta discriminação contra nossos veteranos.