Lançado em 2021 pela Editora Insular, o livro ‘Jornalismo e Plataformização: abordagens investigativas contemporâneas’ reúne artigos de pesquisadores preocupados em desvendar temas e assuntos relacionados aos impactos que o uso de plataformas digitais — como Google, Facebook, Instagram, Tik-Tok e Twitter, entre várias outras — tem sobre o jornalismo e suas rotinas produtivas.
Organizado pelas professoras Raquel Ritter Longhi, Stefanie Carlan da Silveira e Rita Paulino, o livro traz 11 artigos que apresentam, discutem e analisam pesquisas em andamento relacionadas ao tema e que configuram uma amostra das investigações promovidas pelo Grupo de Pesquisa Hipermídia e Linguagem (Nephi-Jor), com apoio da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).
O tema da plataformização e sua relação com as práticas jornalísticas tem cada vez mais ganhado protagonismo nos últimos anos, sobretudo após o crescimento dos fenômenos de desinformação, como a disseminação de Fake News, a formação de ‘bolhas de opinião’ e o intensivo uso de contas automatizadas (conhecidas como robôs) em campanhas eleitorais.
Outro fenômeno que vem atraindo a atenção de pesquisadores da comunicação é a crescente dependência do jornalismo profissional em relação a mecanismos de distribuição de notícias controlados por grandes redes sociais a partir de critérios estritamente comerciais e nada transparentes.
O que implica um grande desafio ao tradicional papel exercido pelo jornalismo como produtor de notícias baseadas na realidade factual e como prática voltada à construção da cidadania.