Em greve desde 29/6, profissionais de enfermagem das redes federal, estadual e municipal do Rio fazem, na próxima quinta-feira (27/7), mais um ato unificado pelo pagamento do piso salarial. Desta vez, a manifestação será em frente à Prefeitura do Rio (Cidade Nova), a partir das 8h.

O mais recente ato unificado pelo piso aconteceu na última sexta-feira (21/7), em frente ao Hospital Federal de Ipanema (HFI), de onde os profissionais de enfermagem saíram em passeata até a residência do secretário municipal de Saúde, Daniel Soranz, onde tentaram ser recebidos, sem sucesso.

A residência do secretário foi escolhida como ponto de encerramento do protesto porque dias antes Soranz havia declarado à imprensa a intenção de judicializar a greve na rede municipal de saúde, o que gerou grande indignação entre os profissionais de enfermagem. Além de Daniel Soranz e do prefeito Eduardo Paes, foram alvos dos protestos o presidente Lula (PT), a ministra da saúde, Nísia Trindade, e o governador do Rio, Claudio Castro, por seguidas manobras para escapar do pagamento do piso em valores integrais.

Na rede federal, a intenção do Ministério da Saúde de não pagar integralmente os valores do piso da enfermagem atinge não apenas os contratados, mas todos os profissionais da rede federal. É que o Ministério da Economia — com a lamentável conivência do Ministério da Saúde — orientou que os setores de Recursos Humanos (RH) paguem o piso da enfermagem proporcionalmente a uma jornada de 44 horas semanais.
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Outra orientação é no sentido de considerar o total da remuneração dos profissionais de enfermagem (vencimento básico mais adicionais e gratificações) como referência para pagamento do piso. Assim, os servidores com remuneração total superior ao valor do piso da enfermagem correm o risco de não receber aumento algum.
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Na rede municipal, além de boicotar o piso, a gestão de Eduardo Paes e Daniel Soranz até hoje não implementou o Plano de Cargos, Carreiras e Salários dos trabalhadores da saúde, uma promessa de campanha do então candidato à prefeitura do Rio.

Como reivindicações gerais, as mobilizações da enfermagem das redes federal, estadual e municipal do Rio também  cobram realização de concurso público, recuperação das sucateadas infraestruturas das unidades de saúde e respeito à jornada semanal de 30h.
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