Na manhã desta sexta-feira (30/6), na pista da Avenida Presidente Vargas em frente à Prefeitura, na Cidade Nova, os profissionais de enfermagem aprovaram, em assembleia-ato, em votações separadas, greve por tempo indeterminado pelo cumprimento da lei que fixou o piso nacional da categoria. A paralisação será a partir da próxima quinta-feira (6/7), nas unidades das redes de saúde federal e do município do Rio de Janeiro. No mesmo dia será feito ato, pela manhã, em frente ao Palácio da Cidade (Prefeitura), em Botafogo.
A decisão foi tomada com antecedência, tanto para cumprir a exigência legal de 72 horas antes da deflagração da greve, quanto para informar a população usuária sobre a paralisação. A assembleia federal foi dirigida pelo Sindsprev/RJ, sendo a proposta de greve aprovada por unanimidade. A da saúde municipal foi encaminhada pelos sindicatos dos Enfermeiros e dos Técnicos de Enfermagem, com o mesmo resultado.
A assembleia-ato paralisou as pistas da Avenida Presidente Vargas no sentido Zona Norte-Centro, em frente ao prédio da Prefeitura e da passarela do Metrô. O objetivo foi chamar a atenção da população para a necessidade de implantar a lei do piso, aprovada há mais de 10 meses.
Há semanas, a enfermagem vem realizando atos e paralisações. Fizeram paralisação de 48 horas, na quinta e nesta sexta-feira. Na quinta, após um ato em frente ao Hospital dos Servidores, seguiram em passeata até a Prefeitura.
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Lá, permaneceram em vigília até a realização da assembleia que aprovou a greve por tempo indeterminado.
Nísia Trindade
Christiane Gerardo, diretora do Sindsprev/RJ, criticou a ministra da Saúde, Nísia Trindade, por não ter pago o piso. “A greve da saúde federal vai acontecer porque a ministra tinha a obrigação de respeitar a lei aprovada pelo Congresso Nacional e sancionada por Bolsonaro, em 2022, e pagar o piso.
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Mas preferiu optar por esperar a decisão do Supremo Tribunal Federal, que julga uma ação direta de inconstitucionalidade movida pelos patrões do setor privado, para decidir o que fazer”, afirmou dirigente.
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Pressão sobre o STF
Christiane lembrou que Nísia é a gestora do Sistema Único de Saúde, o SUS, e não precisava esperar o Supremo para implantar o piso na folha de pagamento do setor público. E acrescentou: “Esta greve é também para impedir que o STF destrua esta conquista da nossa categoria, aprovada pelo Legislativo e pelo Executivo”, afirmou.
Frisou que a categoria coloca a vida em risco todos os dias, o que ficou mais evidente na pandemia e que precisa ser valorizada. “Fomos chamados de heróis. Mas não bastam discursos, é preciso a valorização concreta da nossa importância, o que só virá através do respeito ao piso nacional”, disse, durante a assembleia.
Rede municipal
O presidente do Sindicato dos Enfermeiros, Marco Antônio Schiavo, e diretores do Sindicato dos Técnicos de Enfermagem, frisaram que a greve da rede municipal é também contra a privatização do setor, que vem sendo imposta pelo prefeito Eduardo Paes, e para que ele cumpra a sua promessa de campanha de instituir o Plano de Carreira, Cargos e Salários (PCCS) para a saúde.
“Se a greve municipal vai acontecer a responsabilidade é do prefeito Eduardo Paes”, lembrou. O dirigente explicou que assim como fará o Sindsprev/RJ em relação ao Ministério da Saúde, o Satemrj e o SindEnf/RJ, vão notificar a Prefeitura da decisão das assembleias sobre a deflagração da greve por tempo indeterminado.