O Índice Geral de Preços – Mercado (IGPM), calculado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), voltou a cair em maio, seguindo a trajetória de abril. O índice é usado para corrigir os aluguéis de imóveis e, pela lógica, os preços deveriam cair.
Mas, a depender da mídia empresarial (tevês, rádios, sites e jornais) e dos economistas do mercado imobiliário que ela consulta nas entrevistas, não é isso o que vai acontecer.
Um dos sites que procurou ser mais isento, foi o InfoMoney. Matéria do jornalista Lucas Sampaio explica que, depois de seguidas altas que fizeram disparar o preço dos imóveis alugados, o IGP-M voltou ao terreno negativo em abril, quando recuou 0,95% e passou a acumular uma queda de 2,17% em 12 meses, que deveria ter puxado para baixo os valores pagos pelos inquilinos.
Acrescenta que isso significa que um aluguel de R$ 5 mil mensais pode ficar R$ 223,50 mais barato, dependendo do contrato que foi assinado. Em 12 meses, a economia seria de R$ 2.682 (mais que dois salários mínimos).
Só que não
Na primeira semana de junho, a deflação acelerou ainda mais (e não há sinais de que a tendência vá se reverter). O InfoMoney consultou especialistas e perguntou: o que os inquilinos e os proprietários devem fazer neste cenário atual?
A resposta dos ‘especialistas’ no entanto, não seguiu a lógica de que os preços teriam que seguir o IGPM e reduzir os valores.
“A resposta principal é: depende do que está escrito no contrato de locação. Historicamente, eles preveem o IGP-M como índice de correção dos alugueis.
Mas o IGP-M disparou na pandemia e chegou a ultrapassar os 37% no acumulado em 12 meses, em maio de 2021, o que fez com que muitos proprietários não repassassem toda a alta para os inquilinos”, diz o texto.
E vai além e diz que ‘se isso ocorreu com você, leitor, especialistas recomendam que agora é a sua vez de ser flexível e reproduz uma argumentação que não convence a ninguém’.
“O IGP-M está negativo porque está começando a ‘devolver’ o que tinha subido no passado, quando atingiu 37% em maio de 2021. Agora, ele está devolvendo parte daquele excesso de aumento”, afirma Alberto Ajzental, coordenador do curso de negócios imobiliários da FGV”.
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