Profissionais de enfermagem de vários estados brasileiros, incluindo o Rio de Janeiro, protestaram na manhã desta quarta-feira (29/3), na esplanada dos ministérios, em Brasília, onde cobraram a imediata efetivação do piso salarial nacional da categoria.
Aprovado ano passado pelo Congresso Nacional e sancionado pela Presidência da República, o piso salarial da enfermagem até hoje ainda não foi implementado devido a questionamentos do Supremo Tribunal Federal (STF) quanto à ausência de previsão para fontes de financiamento. Outra dificuldade adicional para a implementação do piso também tem sido uma judicialização promovida pelas empresas do setor privado da saúde, que pretendem continuar superexplorando cada vez mais os profissionais de enfermagem.
“O Sindsprev/RJ está mais uma vez presente aqui em Brasília e participando da jornada de lutas da enfermagem brasileira. Não é mais possível que a enfermagem esteja há um ano e meio esperando pela efetivação de um salário digno que expresse a necessária valorização da nossa categoria. Nos somamos às lutas de centenas de entidades nacionais e estaduais para que a enfermagem conquiste um piso digno e justo”, afirmou Cristiane Gerardo, dirigente regional do sindicato. Para ela, o governo federal tem que buscar uma solução para o impasse. “O presidente Lula precisa editar a Medida Provisória que possibilite destravar o piso junto ao STF e assim garantir a implementação deste direito tão importante para toda a enfermagem brasileira.
Não vamos dar trégua enquanto o piso não estiver nos contracheques de todos os profissionais”, disse.
Independente das mobilizações nacionais da enfermagem, no Rio de Janeiro os profissionais farão novos atos na próxima semana.
Na segunda-feira (3/4), acontecerá a vigília em frente à sede do Tribunal Regional do Trabalho do Rio (TRT-RJ), para acompanhar mais uma audiência sobre a greve iniciada no último dia 10/3. Na terça (4/4), a partir das 10h, acontece o ato unificado da enfermagem, no Hospital Federal da Lagoa.
E no dia 12/4 será a vez do ato pela implementação das 30h semanais no Inca.