O Brasil vai iniciar a aplicação da vacina bivalente contra a covid-19 a partir do dia 27 de fevereiro.
Autorizado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária desde o ano passado, o imunizante fabricado pela Pfizer chega com atraso por causa da irresponsabilidade do então governo Bolsonaro com a saúde da população brasileira.
Na gestão Bolsonaro, o Ministério da Saúde chegou a adquirir 18,7 milhões de doses, entregues pela farmacêutica no início de dezembro. No entanto, o material não foi repassado a estados e municípios. Em função disso, a equipe de transição do governo Lula apontou o tema como prioridade.
Inicialmente, o público-alvo da vacina bivalente incluirá pessoas com mais de 70 anos, comunidades indígenas, ribeirinhas e quilombolas e pessoas imunocomprometidas. A segunda fase da campanha ainda não tem data definida, mas será voltada a quem tem entre 60 e 69 anos, segundo notícia publica no portal Brasil de Fato.
Depois das etapas que atenderão à terceira idade, as aplicações serão disponibilizadas para gestantes e puérperas. Na quarta fase serão atendidos e atendidas profissionais da área da saúde. As vacinas de segunda geração aumentam a proteção tanto contra a cepa original do coronavírus quanto para a ômicron e suas subvariantes. Mais de 30 países já estão aplicando doses.
O Brasil ainda não conseguiu alcançar a meta de mais de 90% da população vacinada com as duas primeiras doses e a terceira dose para reforço.
As vacinas bivalentes vão melhorar a resposta imunológica contra as variantes, mas não substituem o esquema anterior de vacinação. Quem ainda não tomou todas as doses dessa etapa, portanto, precisa buscar os postos de saúde.
Um dos fatores que contribuíram para o Brasil não alcançar a meta de mais de 90% da população vacinada foi a postura negacionista de Bolsonaro, que sempre atacou a Ciência, debochou das vítimas da covid e fez propaganda da cloroquina, medicamento comprovadamente ineficaz para a prevenção e tratamento da covid.