Como vem ocorrendo quase todos os dias no Brasil, mais um caso de racismo foi registrado esta semana. Desta vez, foi na última quarta-feira (21/9), quando a atendente Laura Brito foi chamada de ‘macaca’, ‘preta safada’ e ‘neguinha’ após entrar numa loja de Copacabana para comprar bijouterias. A autora dos insultos foi a dona da loja, a chinesa Li Chen, de 48 anos, presa em flagrante e levada à 12ª Delegacia Policial (DP), onde o caso foi registrado. Após pagar fiança de R$ 1,5 mil, Chen foi liberada para responder na Justiça pelo crime que cometeu.
“Este racismo que vitimou a atendente Laura Brito foi ainda mais lamentável por ter sido praticado por uma pessoa de origem chinesa, etnia que ao longo dos séculos também sofreu o racismo e a escravidão impostos por colonizadores europeus. Em Xangai, por exemplo, durante muito tempo os colonizadores proibiram os chineses de entrar nas lojas. A embaixada da China no Brasil tem de se pronunciar sobre este gravíssimo caso de racismo. No Brasil, infelizmente, não há interesse do Estado em fazer cumprir as leis que tipificam o racismo como crime, e a prova é que os casos de racismo são registrados como injúria racial. Isto tem que mudar”, protestou Osvaldo Mendes, dirigente da Secretaria de Gênero, Raça e Etnia do Sindsprev/RJ.
Em julho deste ano, outro caso de racismo, também ocorrido em Copacabana, chocou o Brasil. Foram as agressões físicas e insultos cometidos pelo médico francês Gilles David Teboul contra o porteiro Reginaldo Silva de Lima.