Profissionais de saúde de dois importantes hospitais de Niterói estão em luta e têm atos marcados para a próxima semana. Os do Orêncio de Freitas fazem protesto na próxima terça-feira (26/4), às 10 horas, na porta da unidade; já os do Carlos Tortelly (ex-CPN) participam de manifestação, na quarta-feira (27/4), às 14 horas, na porta do hospital.
As reivindicações são as mesmas em ambos: fortalecer a luta por condições dignas de trabalho, pelo respeito aos contratos com os profissionais, solicitar reunião com a secretaria de Planejamento da Prefeitura, entre outros assuntos, para que seja explicado o corte de quase 5% no pagamentos dos que recebem por RPA, cobrar a proposta de tabela salarial e fortalecer a campanha nacional dos servidores públicos por concurso e pelo reajuste de 19,9%.
RPA
Os que recebem por RPA, além de não terem quaisquer direitos trabalhistas, como férias, 13º salário e FGTS, ainda tiveram cortados quase 5% da remuneração de março, paga neste mês de abril. A Prefeitura de Niterói não justificou o corte.
O Sindsprev/RJ vai enviar ofício ao secretário de Saúde, Rodrigo de Oliveira, cobrando explicações para o pagamento a menor e exigir o salário integral.
Quanto à campanha nacional dos servidores públicos foi dado informe de que os governos federal, dos estados e prefeituras vêm se recusando a receber para negociar com as entidades representativas da categoria, sendo necessário intensificar as mobilizações.
Os diretores do Sindsprev/RJ chamaram a atenção para a necessidade de aumentar a pressão para que as negociações aconteçam e sejam atendidas as reivindicações. Acrescentaram que para isto é fundamental a luta conjunta dos servidores das três esferas (federal, estadual e municipal).
Em relação aos servidores da saúde municipal a Prefeitura de Niterói vem enrolando não apresentando uma proposta de tabela salarial que, depois de negociada, será encaminhada na forma de projeto de lei à Câmara dos Vereadores. Na última negociação, em fevereiro, a Prefeitura se comprometeu a entregar a proposta às entidades sindicais (Associação de Servidores da Saúde e Sindsprev/RJ) na Mesa de Negociação do SUS, assim que fosse feito um cálculo do impacto financeiro dos novos valores salariais. Mas isto não acontece até agora.