Um ato no Hospital Antônio Pedro, seguido de caminhada, marcou o Dia Mundial de Saúde em Niterói. O fortalecimento do Sistema Único de Saúde (SUS), cuja importância se tornou ainda mais evidente na pandemia do novo coronavírus, foi a principal reivindicação dos manifestantes – servidores da saúde, entre eles, dirigentes do Sindsprev/RJ, do Sindicato dos Trabalhadores da UFF, da qual faz parte o Antônio Pedro, Associação de Docentes da UFF, da Associação Municipal de Saúde e estudantes.
O protesto exigiu o fim do desmonte que a saúde pública vem sofrendo há décadas, uma saúde pública digna para todos e o fim da precarização do trabalho. A diretora do Sindsprev/RJ Maria Ivone Suppo lembrou que o SUS é do povo e que não pode ser desmantelado e entregue a organizações sociais e outras formas de privatização que só visam beneficiar grupos privados. A dirigente frisou que, em Niterói, a Prefeitura do PDT, com Axel Grael, vem seguindo o receituário neoliberal, ampliando o desmonte das unidades, tal como fazem os governos Bolsonaro e Cláudio Castro. Acrescentou que para alcançar seus objetivos a luta para manter a saúde pública e voltar a ser de qualidade tem que contar com a participação de todos os profissionais das três esferas mas também da população.
Além do ato em Niterói estava previsto um ato em frente ao prédio do ministério da Saúde e da secretaria estadual de saúde, na Rua México 128, às 11 horas, e outro, às 15 horas, em frente ao terreno baldio na Cruz Vermelha, onde funcionava o Hospital Iaserj Central, criminosamente demolido pelo ex-governador Sérgio Cabral Filho.
As manifestações foram organizadas pelo Fórum Estadual de Saúde, do qual o Sindsprev/RJ participa. Em nota oficial o Fórum frisou que em meio a uma pandemia mundial, que apenas no Brasil chegou a mais de 600 mil óbitos, a nossa esperança teve um único nome: SUS.
“E, como parte do SUS, foi o esforço incansável de trabalhadoras e trabalhadores da saúde – muitos dos quais com vínculos de trabalho precários – que possibilitou que muitas pessoas pudessem retornar aos seus lares com saúde”, lembra o documento.
E acrescentou: “Mas, este sistema público de saúde sofre de um subfinanciamento histórico, privatizações e, a cada dia, novos cortes orçamentários. Por isso, defender a saúde significa defender o SUS. No dia 7 de abril o Fórum de Saúde/RJ convida todos para reafirmar a defesa da saúde pública e dos investimentos com fins à garantia da qualidade dos serviços e das condições de trabalho”.