Nesta terça-feira (8/3), profissionais de enfermagem do Rio fizeram manifestação no Calçadão de Campo Grande. O objetivo foi reforçar as pressões pela imediata aprovação do Projeto de Lei (PLS) 2564, que estabelece o piso salarial nacional da categoria. Na mesma terça (8/3), entidades nacionais e regionais da enfermagem também promoveram manifestações em outros estados pela aprovação do piso.
Convocada e organizada por Sindsprev/RJ, Coren-RJ, Movimento Ativistas da Enfermagem (MAE) e Associação dos Fundacionistas do Estado do Rio de Janeiro (Aferj), a manifestação no Calçadão de Campo Grande também teve a participação da deputada estadual Enfermeira Rejane (PCdoB) e de outros militantes da saúde na Zona Oeste, como a dirigente regional de eventos, Márcia Rúbia, e o conselheiro Gilberto Mesquita, além de dirigentes do sindicato.
“A aprovação do PL 2564 vai ser uma vitória muito importante para toda a categoria da enfermagem, sobretudo para os trabalhadores que morreram e adoeceram durante a pandemia da covid, quando lutaram para salvar milhares de vidas.
A enfermagem é uma categoria que está há muitos anos sem aumento salarial, uma categoria que sofre assédio moral nos hospitais e que nunca foi devidamente respeitada pelos governantes.
Esperamos que o PL 2564 também traga reflexos positivos sofre os proventos dos aposentados e pensionistas da enfermagem”, afirmou Clara Fonseca, dirigente do Sindsprev/RJ que participou da manifestação.
Também dirigente do Sindsprev/RJ, a servidora Cristiane Gerardo frisou a importância do Projeto. “O PL 2564 é essencial para dar dignidade salarial a uma categoria que há anos vem sendo massacrada e desrespeitada pelas políticas de desmonte da saúde implementadas por sucessivos governos e grupos privados. Existem recursos de sobra para que a União, os estados, os municípios e empresas privadas de saúde paguem o piso previsto no PL 2564. Não vamos aceitar retrocessos”, disse.
Em tramitação no Congresso Nacional, o Projeto 2564 fixa um salário-base de R$ 4.750 para uma carga de 30 horas semanais para os enfermeiros, 70% desse valor para técnicos e 50% para auxiliares de enfermagem e parteiras. De autoria do senador Fabiano Contarato (PT-ES), o texto do PL inclui o piso da enfermagem na Lei 7.498, de 1986, que regulamenta o exercício da profissão.
Após a manifestação no Calçadão de Campo Grande, os profissionais de enfermagem do Rio seguiram para o Centro da cidade, onde participaram do ato unificado pelo Dia Internacional da Mulher (8M), na Candelária.
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