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sábado, novembro 23, 2024
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Livrarias do Rio recolhem doações de obras novas para bibliotecas comunitárias

Reunindo oito estabelecimentos do Rio de Janeiro que, desde abril, estimulam a doação de publicações dos mais diversos autores a bibliotecas comunitárias de favelas, o coletivo Livrarias Cariocas vem contribuindo para a atualização dos acervos das instituições que recebem as obras doadas por meio do projeto ‘Rio de Livros’. As doações também estão ajudando na sobrevivência de livrarias e editoras afetadas pela pandemia da covid.

Na Livraria Argumento, no Leblon, a iniciativa já angariou mais de sete mil obras, distribuídas a 14 comunidades. Pelo projeto, somente exemplares novos podem ser doados. Funciona assim: o cliente tem a opção de comprar um livro em uma das lojas participantes e, ali mesmo, destiná-lo ao projeto — na Argumento, por exemplo, há uma caixa para recolher as publicações. Ou, se preferir, é possível fazer a doação em dinheiro, diretamente na livraria “As bibliotecas nos informam sua demanda, se precisam de livros infantis, de temáticas raciais, história do Brasil. Baseados nisso, fazemos uma seleção. Não mandamos qualquer livro. Consultamos os gestores das bibliotecas, e eles obtêm exemplares novos e atuais”, explica Marcus Gasparian, livreiro da Argumento que está à frente do projeto, em resposta a perguntas formuladas pelo jornal O Globo.

Ele conta que o coletivo pediu à Secretaria municipal de Cultura uma relação de bibliotecas comunitárias. Da lista, já foram beneficiadas as de favelas como Chapéu-Mangueira, Tabajaras, Maré, São Carlos, Rio das Pedras, Providência, Mangueira, Turano, Jacaré e Rocinha.

Frequentador da biblioteca Atelier das Palavras, no Chapéu Mangueira, o estudante Jorge Henrique Sousa, de 15 anos, acredita que o espaço também serve como ponto de encontro e troca cultural. Para ele, o espaço ganhou ainda mais importância durante a pandemia de Covid. “Muitas crianças e jovens buscaram livros ou pediam para ficar na biblioteca. As crianças querem companhia. Ler em conjunto é confortante”, disse.

Bibliotecas do Departamento Geral de Ações Socioeducativas (Degase) também estão entre as que recebem essas doações.

 

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