Na quinta-feira (8/4), quando o Brasil mais uma vez registrou um número superior a 4 mil mortes por covid em 24h, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) divulgou nota técnica que recomenda a adoção de medidas restritivas em toda a Região Metropolitana do Rio, composta de 21 municípios.
“Podemos afirmar que o esforço isolado do município do Rio de Janeiro pode não resultar nos efeitos esperados para a redução das taxas de ocupação de leitos, bem como para reduzir a circulação do vírus, que não conhece fronteiras administrativas”, frisa o documento, que apresenta indicadores de distanciamento social, casos e óbitos pela doença na cidade do Rio. Feito entre 26 de março e 2 de abril, o estudo afirma que, apesar da ampliação das medidas restritivas adotadas para conter o avanço da pandemia no município do Rio, ainda não é possível analisar os impactos sobre a incidência e a mortalidade na cidade.
Segundo os pesquisadores da Fiocruz, ainda é cedo para flexibilização, já que os indicadores mostram ser necessário intensificar a fiscalização nas áreas de lazer e praias, prorrogando a restrição de forma mais rígida, e realizar o controle da entrada de pessoas em farmácias, mercearias e supermercados. Os pesquisadores dizem que essas medidas devem ser aliadas ao aumento da aceleração da vacinação no município.
No estudo foram usados indicadores para análise de casos e óbitos por covid-19, ocupação de leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e dados sobre Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) na cidade do Rio.
