O Brasil fechou o mês de março como o mês mais letal desde o início da pandemia de covid, batendo o triste recorde de 3.950 mortes em 24h. O número supera o recorde anterior, de 3.668 óbitos. Pela primeira vez, num intervalo de sete dias, foram registradas mais de 20 mil mortes. O levantamento é do consórcio de veículos de imprensa (UOL, Folha de S. Paulo, Estado de São Paulo, O Globo), produzido a partir de dados fornecidos pelas secretarias estaduais de saúde.
Nos 31 dias do mês de março, a covid tirou a vida de quase 67 mil pessoas, saldo que representa o dobro do pior mês de 2020. Até então, o recorde era de julho do ano passado, com 32.912 óbitos.
Com 322 mil mortes provocadas pela covid até o momento, o Brasil transformou-se no epicentro mundial da pandemia. Exemplo vergonhoso de negligência governamental e de tudo o que não deve ser feito na gestão da pandemia. Na verdade, o governo Bolsonaro é exemplo mundial de negacionismo e completo desprezo pela vida humana.
Nesta quarta-feira (31/3), Bolsonaro mais uma vez atacou as medidas de distanciamento que, corretamente, vêm sendo adotadas por governadores e prefeitos. Falsificando completamente a realidade, como é de seu feitio, Bolsonaro tem qualificado de ‘estado de sítio’ as medidas restritivas adotadas por governos e prefeituras. Mas as medidas de combate e prevenção à covid nada têm a ver com estado de sítio. Têm a ver — isto sim — com algo que Bolsonaro jamais se propôs a fazer: salvar e preservar vidas humanas.
O fracasso da política brasileira de combate à disseminação do coronavírus tem um culpado, e este culpado tem nome: Jair Bolsonaro e seu governo negacionista e irresponsável. Governo que transformou o Ministério da Saúde em Ministério da Doença. Governo que está destruindo a rede federal de saúde, onde demitiu milhares de profissionais contratados, provocando a interdição de leitos exatamente no momento de maior gravidade da pandemia. Leitos que poderiam estar salvando muitas vidas.