O Sindsprev/RJ repudia as tentativas da direção-geral do Instituto Nacional do Câncer (INCA) de intimidar e calar a voz da servidora Cristiane Gerardo (foto), dirigente regional do sindicato. Em ofício enviado dia 30 de dezembro à Superintendência Estadual do Ministério da Saúde no Rio, a diretora-geral do INCA, Ana Cristina Pinho Mendes Pereira, solicitou a apuração de eventual ‘falha funcional’ que teria sido cometida por Cristiane Gerardo. Motivo: o fato de Cristiane ter postado, em redes sociais, denúncias (verdadeiras) sobre as péssimas condições de funcionamento e atendimento dos INCAS III (Vila Isabel) e I (Cruz Vermelha).
Sobre o INCA III, Cristiane reproduziu críticas dos próprios pacientes e profissionais do instituto, que denunciaram a existência de um setor improvisado na ala de emergência para tratar pessoas com covid-19. Segundo esta denúncia, mulheres diagnosticadas com o novo coronavírus estariam no local misturadas a outras pacientes que testaram negativo para a doença.
As postagens também criticam a transferência de pacientes do INCA III para o já superlotado INCA I, onde até o ar-condicionado não estaria funcionando, conformando uma situação de grande precariedade.
“Nós não vamos nos calar e aceitar passivamente o infame ataque que a direção-geral do INCA, com a conivência da Superintendência Estadual do Ministério no Rio, está movendo contra Cristiane Gerardo. O ataque contra Cristiane é um ataque a todos os servidores da saúde federal, é um ataque ao Sindsprev/RJ, um sindicato que defende os interesses dos trabalhadores, como fez em todos os momentos e, mais recentemente, na luta contra as demissões de contratados da rede federal. Se não fosse a atuação do sindicato, nem mesmo a renovação de 1.419 contratos da rede federal teria acontecido. Continuaremos na luta pela anulação do irregular certame e defenderemos Cristiane, jurídica e politicamente”, afirmou Sidney Castro, da direção do Sindsprev/RJ.
“Quero dizer que sou explorada cumprindo minha carga horária no pior setor do Hospital Cardoso Fontes, onde estou lotada, sem respeito ao dimensionamento de pessoal, sem condições adequadas de trabalho. Rebelar-se contra esse sistema que destina mais de R$ 1,2 trilhão aos bancos, enquanto mantém as unidades da rede federal no mais completo desmonte, é dever de todo movimento social. Não arredaremos pé. O governo dos generais não vai nos calar. Convido todos para a videoconferência que farei hoje (quinta-feira, 14/1), às 20h, em minha página do Facebook”, concluiu Cristiane Gerardo.
A página de Cristiane Gerardo no Facebook pode ser acessada clicando-se no link abaixo:
https://www.facebook.com/profile.php?id=100006934905301
