O apagão no Amapá é resultado da política de privatização da energia elétrica aplicada nos últimos anos naquele estado.
A companhia multinacional espanhola Isolux é proprietária da subestação elétrica incendiada e é a responsável pela situação de calamidade. Mais uma vez, os interesses do capital privado prejudicam a vida da população.
Ironicamente, é a Eletronorte – uma empresa pública – que deslocou seus agentes para contornar a situação. Nesses momentos, observamos que as intenções do governo Bolsonaro e da maioria do Congresso de privatizar a Eletrobrás e aprovar a Reforma Administrativa são completamente absurdas.
A Reforma Administrativa diminui as exigências para contratação de empresas privadas pelo poder público e amplia a terceirização em serviços essenciais, ou seja, aprofunda a privatização dos serviços públicos. O que é muito bom para os empresários enriquecerem, mas péssimo para quem depende desses serviços. Para um serviço de qualidade, é preciso investimentos no setor público e o fim das privatizações.
A Fenasps (federação nacional) iniciou em setembro a divulgação de uma campanha de mídia contra a Reforma Administrativa proposta pelo governo Bolsonaro. A campanha é promovida pelo Fórum das Entidades Nacionais dos Servidores Públicos Federais (Fonasefe) e suas entidades.