Trabalhadores contratados do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) realizaram manifestação nesta quarta-feira (21/10), em frente à Alerj, para cobrar do governo do Estado o pagamento imediato de seus direitos em atraso.
Contratados em março deste ano por meio da empresa OZZ, cerca de 1.400 trabalhadores que atuaram no SAMU ainda não receberam o salário de agosto e demais verbas rescisórias.
O contrato do Estado com a OZZ expirou no último dia 29 de setembro, e desde então a gestão do SAMU foi assumida diretamente pela Fundação Saúde do Estado do Rio de Janeiro.
“É um total absurdo o que está acontecendo. Trabalhamos durante a pandemia da covid, corremos risco salvando vidas, mas agora somos desrespeitados e descartados”, desabafou a enfermeira Elizabeth Duarte. Segundo ela, após a saída da OZZ, a Fundação Saúde do Rio promoveu um processo seletivo simplificado que prejudicou grande parte dos profissionais que atuaram no SAMU nos últimos meses. “O processo seletivo organizado pela Fundação é irregular porque pessoas com pontuações menores passaram a frente de outros candidatos que tinham pontuação maior. Eu mesma tive 11 pontos na primeira classificação, mas depois fiquei com 7 pontos após enviar minha documentação. É absurdo”, frisou.
Durante a manifestação, os contratados do SAMU lembraram que os atrasos de salário já vinham ocorrendo desde junho.
Os trabalhadores também denunciaram o sucateamento do SAMU. Segundo eles, das 90 viaturas então em atividade no mês de março, o serviço foi reduzido a 30 ambulâncias.
A manifestação desta quarta-feira (21) foi organizada pelo Sindicato dos Enfermeiros do Rio (Sindenf-RJ), com apoio do Sindsprev/RJ e da Acentraserj (Associação Central dos Servidores da Saúde do Estado do Rio).