Em mais um ‘capítulo’ do caos da saúde pública promovido pelo governo de Wilson Wiltzel no Estado do Rio, na última segunda-feira (3/8) o Rio Imagem fechou as portas porque seus profissionais, vinculados a ‘organizações sociais’ (O.S.) contratadas pelo Estado, estão com salários em atraso. Segundo levantamento produzido pelos sindicatos de enfermagem e de médicos do Rio, há cerca de 2.800 profissionais em estado de greve por conta de atrasos salariais.
Além do Rio Imagem, os sindicatos contabilizam atrasos de salários nos hospitais de Anchieta, Alberto Torres, Carlos Chagas, Hospital da Mãe, Adão Pereira Nunes (Saracuruna), HTO, no SAMU e nos cinco hospitais de campanha (três dos quais não foram sequer inaugurados).
Segundo a Secretaria Estadual de Saúde, os pacientes do Rio Imagem estão sendo “reagendados”, mas, as pessoas que se dirigiram ao Centro de Diagnóstico não conseguiram ser atendidos.
Na semana passada a crise atingiu em cheio o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), cujos profissionais também estão com salários em atraso.
Das 85 viaturas do SAMU, menos de 30 estão em funcionamento. Mesmo assim, são viaturas sucateadas e sem qualquer manutenção preventiva.
Afundado em meio a escândalos de corrupção e desvios de verbas da saúde durante a pandemia do coronavírus, o governo Witzel aprofundou o desmonte e o abandono das unidades públicas de saúde do Estado, o que vem restringindo a capacidade da rede de atender às demandas da população.