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quinta-feira, novembro 21, 2024
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Clima volta a ficar tenso no HFB com servidores acampados na entrada da unidade

Depois de dois dias tumultuados, resultado da tentativa do Grupo Conceição de entrar no Hospital Federal de Bonsucesso, o clima na manhã desta quinta-feira (17/10) parecia tranquilo. Até surgir um carro do Ministério da Saúde, que forçou entrar na unidade, mas foi impedido pelos funcionários.

Os servidores permanecem acampados na porta da unidade contra a entrada do grupo empresarial para assumir o Hospital. O protesto é para exigir também melhores condições de trabalho.

Cristiane Gerardo, dirigente do Sindsprev-RJ, lembrou que a portaria de descentralização do Hospital Federal de Bonsucesso (HFB) foi publicada no último dia 14, mas já no dia 10, em ato administrativo, o Grupo Conceição fez a inscrição de CNPJ da unidade, com um detalhe que chama a atenção: “Colocaram o endereço do hospital, como sua filial, sem ter nenhum ato administrativo que autorizasse para tal. O governo divulga na imprensa que estão aqui para abrir a emergência do hospital. Esqueceram de combinar com o CNPJ, pois o grupo não pode operar como pronto-socorro, com emergência e urgência. Como vão abrir a emergência? Vão abrir à revelia do seu cadastro nacional de pessoa jurídica?”, alfinetou.

E mais. A auxiliar de enfermagem denunciou ainda que o Grupo Conceição havia publicado edital para contratar, com dispensa de licitação, a empresa responsável para fazer processo seletivo para contratação de dois mil funcionários. “A empresa não comprovou capacidade técnica para fazer o processo seletivo. Não tem capacidade técnica”, denunciou.

Os vereadores Paulo Pinheiro e William Siri defenderam o diálogo com o Ministério da Saúde. Pinheiro critica trocas na direção do Hospital Federal de Bonsucesso por indicações políticas. “Há cinco anos estamos fazendo reuniões sobre esses hospitais. Eles estão mal porque estão entregues há anos a indicações políticas. O interesse de mandar nesse hospital é econômico, o orçamento é enorme. O que os servidores querem é diálogo, transparência”, destacou.

O vereador William Siri ressaltou que a Fiocruz fica próximo à unidade e tem a missão de formar gestores que poderiam administrar a unidade. “Não dá pra impor uma empresa do Sul, se tem a Fiocruz próximo com uma lógica de serviço público”, disse.

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