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terça-feira, dezembro 3, 2024
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2º Seminário destaca urgência de derrotar a PEC 32 (reforma administrativa)

Na mesa da tarde de hoje (2/12) do 2º Seminário da Vigilância em Saúde (ex-Funasa e ex-Sucam, realizado no Sindsprev/RJ, foi debatido o tema ‘análise de conjuntura, com participação de Lindbergh Farias (vereador do PT), Paulo Lindesay (dirigente da ASSIBGE) e Josemilton (ex-dirigente da Condsef).

Após ser homenageado pelos trabalhadores, Lindbergh fez um chamado à mobilização contra as perdas de direitos. “Tenho muito orgulho de participar dessa luta de vocês e da atividade de hoje. Precisamos barrar a reforma administrativa e o momento é ainda mais adequado porque a popularidade de Bolsonaro está caindo. Lembro-me das lutas e mobilizações dos reintegrados da Funasa. Estaremos nas batalhas do próximo período.

Este sindicato, o Sindsprev/RJ, é muito importante e sempre poderá contar comigo. Vamos viver um novo ciclo e neste novo ciclo precisaremos de um Sindsprev/RJ forte. Vamos lutar para derrotar Bolsonaro”, discursou, sob aplausos do plenário.

Dirigente da ASSIBGE, Paulo Lindesay também reforçou a urgência da luta contra a reforma administrativa (PEC 32). “Temos de pensar onde estamos pisando. Somos 12 milhões de servidores, uma massa de gente com capacidade de mudar a política no país, mas que precisa se mobilizar de fato. Quero lembrar que a Emenda Constitucional 19, de 1998, ainda está em vigor. Ela não garante estabilidade aos trabalhadores que ingressaram no serviço público de outubro de 1983 até a realização do primeiro concurso após a promulgação da Constituição de 1988. O pior é que, agora, a PEC 32 aumenta essa ameaça de demissão, ao modificar o argigo 41 da Constituição e prever o fim da estabilidade. A PEC 32 também permitirá que servidores considerados obsoletos sejam demitidos. Precisamos reagir”, disse.

Josemilton frisou que o real objetivo da reforma administrativa proposta por Bolsonaro desmontar o serviço público existente e entrega-lo à iniciativa privada, ao mercado. “Se a PEC 32 for aprovada, como quer o governo, será o fim do serviço público. Já estamos há 6 anos sem reajuste salarial e no auxílio-alimentação. Com a PEC 32, tudo isto vai piorar. O serviço público é essencial, e a maior prova é que só avançamos na vacinação contra a covid por causa do SUS, apesar das tentativas feitas por Bolsonaro para impedir a vacinação”, destacou.

Representando a categoria dos garis, o militante conhecido como Celio Gari fez uma saudação ao 2º Encontro. “Foi este sindicato, o Sindsprev/RJ, que abriu as portas para a minha categoria, apoiando as greves e mobilizações dos garis. Estar aqui, portanto, significa muito. Sindicato é para defender os interesses dos trabalhadores, e aqui eu vi solidariedade”, afirmou.

Dirigente do Sindsprev/RJ, o servidor Isaac Loureiro, da Vigilância em Saúde, fez um chamado à mobilização, em caráter urgente. “Temos que ver como vamos organizar as nossas lutas, e é esta a finalidade deste seminário. Precisamos definir uma linha de atuação que unifique nossas ações. A nossa situação é tão grave que não estamos sequer na carreira do funcionalismo. Temos que voltar a pressionar o Congresso. Temos que garantir nossos direitos e nossa aposentadoria”, frisou.

Seminário continua nesta sexta-feira (3/12). Foto: Mayara Alves.

“A nossa categoria tem que avaliar se vai ficar em casa ou se vai para a luta. Se cada um de nós se unir, poderemos vencer esta luta. Não há outro caminho. Todos ao dia 8 de dezembro nos atos pelo Fora Bolsonaro”, completou Pedro Lima, dirigente do Sindsprev/RJ e da Fenasps.

Também servidor da Vigilância em Saúde, Neto Lima frisou a retomada das lutas. “Neste semestre, no Sindsprev/RJ, estamos vendo vários materiais de qualidade postados nas mídias do sindicato, com temas relevantes como a luta contra a PEC 32 e assédio moral, entre outros.

Mas precisamos de mobilização efetiva. A PEC 32 ainda não foi votada porque setores da polícia e do judiciário querem resguardar seus interesses. A convocação dos atos para o dia 8/12 está sendo débil, e realizar twitaços ou abordagem de parlamentares nos aeroportos não tem efeito.

É preciso haver greves e paralisações”, disse.

“Infelizmente, nos últimos tempos tivemos uma conjuntura ruim, na qual a categoria votou em Bolsonaro e defendeu o governo. A luta contra a PEC 32 passa pela garantia do serviço público como um todo. A reforma administrativa é tão ameaçadora que exclui os servidores estatutários até mesmo dos cargos de chefia. Precisamos chamar a unidade de verdade”, ressaltou o servidor Mardones da Costa.

“A reforma administrativa acaba com os nossos cargos. Ela destrói o serviço público. Ninguém aqui tem menos de 50 anos de idade. O fato é que não haverá saída, a não ser que nos mobilizemos para lutar na rua, ao lado de outras categorias, para garantir os nossos direitos, como fizeram os reintegrados da Funasa. A situação é muito grave porque, mesmo perdendo direitos, ainda há muita gente defendendo Bolsonaro”, completou Sidney Castro, da direção do Sindsprev/RJ.

O 2º Seminário da Vigilância em Saúde continua nesta sexta-feira (3/12), com a seguinte programação:

8h30 – 9h30 – Coffee-Break

9h30 às 10h – Abertura e Saudações.

Mediador: Roberto Marinho (Departamento Jurídico do Sindsprev/RJ).

Direção do Sindsprev/RJ: Pedro Lima, Enilton Felipe e Isaac Loureiro.

Convidados: Luiz Fernando Silva (advogado da Fenasps) e Dra. Ana Cristina.

12h30 – 14h – Almoço

14h – 16h – Propostas e Encaminhamentos.

16h – Encerramento e Confraternização.

O Seminário está sendo realizado no auditório nobre do Sindsprev/RJ (rua Joaquim Silva, 98 – térreo – Lapa).

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